Quem sabe meus rumos não busquem estradas... Quem sabe meus olhos nçao queiram horizontes... Se for assim, por isso que venho cansado De andejar caminhos, em desejos distantes! Tenho a alma gasta por ventos pampeanos E o olhar turvo por poeira da estrada... Joguei meu destino pra o norte do tuano Buscvando alguns cobres, pensando na amada! Já faz quase um mês que não sei do orvalho Que bebia sempre em lábios de paixão. Faz tempo que ando quase encarangando Sem um poncho bueno deum coração! Horizontes turvos se agrandam nos olhos Que miram, ansiosos afãs de retorno... Fazem quatro rondas que sonho com a linda Em quimeras que chegam pra ser mais que adorno! A estrada me torna um nostálgico andejo Levando saudades aos ofícios da vida... A bela me espera na paz do ranchito Com a semente pura que regalou-me a vida! Daqui a dez dias o tropear se finda... Voltarei ao templo, mirando a janela, Trazendo aos peçuelos uma flor, um verso E o meu amor todo pra entregar pra ela!