Jordão era guerreiro comandante Alma afiada de silêncio e temporal Olhar de pedra sobre as pedras do caminho Potro ligeiro recortando o pastiçal Pra quem sumia do alcance de sua lei Jordão guerreiro era um cão farejador Olhar de fera, impassível no perigo Ninguém fugia de jordão, o rastreador Ninguém contava onde estava o velho luna Luna maleva, o terror de uma região Folclore feito sobre um índio de coragem Que por destino se perdeu na escuridão Luna coragem, tantos pealos pela vida Saiu dos trilhos por caminho e precisão Último taura de uma cepa já perdida Que a lei dos homens refugou e disse não Jordão guerreiro tinha aços na palavra Quando falava, retumbava qual trovão E procurando onde luna se ocultava Mostrando as garras encontrou a informação O esconderijo era um mato bem cerrado Onde um ranchito tremulava à luz de velas Rancho cercado e jordão buscando a presa De arma em punho se esgueirou rente a janela Jordão se ergueu e viu no rancho tão pequeno Luna maleva, o terror de uma região Junto a mulher chorando o pranto mais sangrado Velando o filho que partiu pra imensidão Jordão calado se esgueirou de volta ao mato Chamou seus guardas e bateu em retirada Ficou o rancho com suas lágrimas de lua Aos pés da lua que inundava a madrugada