Tamo em tempo de Lei Seca Neste país sofredor E, voltando das carreiras Essa tal lei me agarrou Eu vinha vindo lindaço Quando um guarda me parou Pra assoprar num tal canudo Que todo mundo assoprou E me disse o caminero De cima da autoridade Quem bebe e depois dirige Não respeita a sociedade! Respondi muy respeitoso Que foi pouca a quantidade Pra um domingo de carreira Sem muita felicidade Só sei que o tal apareio Que me tocou de assoprar Disse que eu tinha tomado Mais que podia tomar Me tomaram a carteira Mandaram me enchiqueirar Com meia dúzia de loco Difícil de segurar! Ala pucha, cosa braba Que os hóme foram inventar! Sei que é pelo bem do povo Mas tá brabo de aturar Ala pucha, cosa braba Que os hóme foram inventar! Tão dando bola pra canha E é água que vai faltar A muié desesperada Sem saber o que fazia Perguntou pra um dos milicos Quanto tempo eu ficaria Tal foi o susto da prenda Com a resposta que viria Que se não pagasse uns troco Talvez jamais saíria Então, aquela senhora Que o meu sogro me entregou Bateu nas economias Que o suor acumulou E trouxe pra o comissário Que de direito aceitou Pra os limpos cofres do estado Que de pronto me soltou Desde então ando a cavalo Num crioulito de estouro Cria dali da Figueira Pingaço de pechar touro! Adaptei um luminoso Sobre uma vincha de couro Mesmo de noite eu me acho Pois, se retorno borracho Manda na rédea o meu mouro!