Antonte balearam o Doca Na volta dumas carreiras Mataram por coisa pouca Um índio, assim, de primeira Foi mesmo o João das Biboca Filho da inhá benzedeira Por ciúmes da Maroca Chinoca linda e matreira Finou-se o Doca num grito Em pleno domingo, o coitado Como se fosse um cabrito Num dia santo ofertado Um tirambaço e a Maroca Quedou de pronto viúva Lembrando sempre que ao Doca O João pelou-lhe a coruja Foi-se o Doca, atocaiado Na frente duns eucalipto E o João virou pelos mato Virou um qüera proscrito E se hoje perguntam onde O diabo perdeu as bota Digo que sei, não é longe Foi lá que balearam o Doca Hoje os dois vivem nas bocas Do leva e traz das lavadeiras Pois não dormiam de touca Nem eram flor que se cheira Mas, lagarto longe da toca Mui pronto vira peneira Inda mais quando provoca Num truco de calavera