Era mais forte que o diabo, renegado e traiçoeiro Era o potro mais brabo da tropilha do Palmeiro O outro era um paisano, cisudo jeitão bagual Hermano de olhar tranquilo com alma de temporal Era o tempo que se armava prenunciando uma tormenta Um tinha cerne no braço, o outro fogo nas ventas Era a própria natureza pulsando de sul a norte O instinto e a chucreza falando de vida e morte O potro tinha na vida, a vida que os chucros têm O homem tinha o ofício, mas era chucro também O homem tinha o ofício, mas era chucro também O homem tinha o ofício, mas era chucro também " As sabenças de ginete e os instintos primitivos Nessa hora frente a frente esperando, o pé no estribo E o mouro troca as orelha, já tá de cosca tirada Mas indo traz nas retinas toda a fereza indomada! " O paisano se acomoda, vai cumprir a obrigação Beija a medalha da santa pra espantar as maldição O mau tempo já se espalha, o diabo quer lhe pealar Mas tem a fé que não falha e a santa pra amadrinhar! Mas tem a fé que não falha e a santa pra amadrinhar! O potro tinha na vida, a vida que os chucros têm O homem tinha o ofício, mas era chucro também O homem tinha o ofício, mas era chucro também O homem tinha o ofício, mas era chucro também O homem tinha o ofício, mas era chucro também