O que você chama de amor Eu chamo de conveniência O seu amor é dependência E o meu rancor é poesia Que não me alimenta Mas que minha calma sustenta Seu crime é sua sentença E culpa minha Mas vou criar outra você Ousadia Depois voltar pra te perder Todo dia Um velho livro para reler Que alegria, que alegria Me diga: No fim quem errou? O certo é uma rua estreita E a sua alma imperfeita Não é pior que a minha Que não se endireita Que o que não sente inventa Espero que você entenda Te amo não é bom dia Ter que criar outra você é covardia Devolva os dias que eu te dei de alegria Pague com mais um dia seu, meu Ver você sarar Tudo em seu lugar Trate de esconder O que for de lembrar O que eu não vou te dar E tudo o que eu te dei (E o que eu não te dei O que eu nunca dei)