Lembro-me que certo dia Na rua, ao sol de um verão Envenenado morria, um pobre cão Arfava, espumava e ria De um riso espúrio e bufão Ventre e pernas sacudia na convulsão Nenhum, nenhum curioso Passava sem se deter Silencioso, silencioso Junto ao cão que ia morrer Quem sabe é delicioso? Ver padecer como se lhe desse gozo Ver padecer como se lhe desse gozo