Tem boi de fé taiado a mão Tem boi de barro, artista Nos versos que declamo a ti Meu Paraíso do Tuiutí Vem meu Tuiuti Contar os causos dessa gente Da fé que não costuma faiá Vem semear a terra seca Reza as lendas que no seco Cariri Coisas estranhas zoavam o Juazeiro Não se avexe não Tem que acreditar Pois Padi Ciço é a fé que ilumina esse lugar Ó Vixe Maria como o povo é pidão Mais tem a santa gratidão… No coração Intonce a prenda lhe foi ofertada O boi mansinho pegou a estrada Num sol ardente rachando o chão (rachando o chão) E nos zouvido o mugido ecoou E o beato se arrupiou Ao ver a chuva banhar o sertão (o meu sertão) Milagres! O novinho fez acontecer Da terra fez a plantação crescer Todos os males o garrote ali curava Peregrinação… Ao rei de chifres bajulado pelo povo Boi Ápis do sertão… Ganhou a fama e se tornou uma divindade Pois é… Se a fé é cega, é faca amolada A crença não ficou aprisionada Boi milagreiro virou santo e foi pro céu Virou literatura de cordel