Não sei se foi o haxi, só sei que foi confuso Não sei se me permito, não sei se me abuso É um desalento doido, é uma coisa assim que dá Preciso me esvair, preciso vomitar Vida, milagre mesmo quando te estraçalha Krishna e arjuna estão no campo de batalha Aumento o som do fone pra tapar o da sirene E não há moral ou crença no mundo que me condene Penso na morte, no norte, no corte, no século XXI E que o moleque amarrado no poste, não come sashimi de atum Geração gratidão, saudação ao sol Sociedade dopada de prozac e rohypnol Inevitável são tristeza e aflição Mas triste é essa moda de angústia e depressão Porque Deus é verbo, não é substantivo Então enxuga esses olhos porque, mano, tu tá vivo! Eu quero é ver e ser visto, querer e ser quisto Sem culpa cristã, no amor de Jesus Cristo Quero a geladeira cheia, expressar-me por inteiro Às vezes mais chorão, às vezes mais camelo Tá tudo por um fio, tá tudo por um triz E todo ser humano quer amar e ser feliz Por isso nego samba, brinca, queima sutiã Por isso tá explicado o sucesso do instagram Mondrian, matisse, basquiat e soulages Churrasquinho de peixe com a rapeize na laje Massagem da gata, pimenta, proposta E um tapinha na bunda, com carinho ela gosta Eu quero tudo isso, quero vê geral crescer Quero ver geral se amando, tipo em onda de md Não é inconsequência, nem rebeldia vã Mas só por hoje a noite, que se foda o amanhã