Oh, mocidade, mocidade!
Ouve de longe os meus tristes ais
Eu vivo a recordar amores, primaveras e flores
sonhos, ideais...
Deixei de esperar por ti, porque me convenci
que tu não voltas mais
Da primavera que findou existe
uma só flor, cujo perfume invade
meu coração, jardim fechado e triste
Essa florzinha chama-se saudade
Oh, mocidade! Oh, mocidade!
Doce ilusão que o meu ser perdeu
Recordo nesta primavera uma vã quimera
o desprezo teu...
No entanto julgo-me feliz porque meu coração
jamais envelheceu
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