Luziu o aço da algema no veranico de maio E o cabo das espadas junto aos arreios dos baios Um oh de casa sisudo seguido de um: sim, senhor Silhueta de fim de tarde num rancho de corredor Mate pras autoridades, também um sorriso franco Do casal que pelo tempo mostrava os cabelos brancos Mas logo veio a pergunta feita com austeridade Dizem que o senhor tem arma, nos diga se é verdade? Nos diga se é verdade Ando armado e faz tempo, disse o peão para a escolta É ela quem me protege das coisas que hay na volta O mundo é ruim já se sabe e pertence ao inimigo Por isso aonde vou, a minha arma vai comigo Disse um guarda, o senhor é velho e por certo, não tem porte Pode ferir um inocente ou até levar a morte Arrume seus documentos, dê a arma e a munição Por favor, nos acompanhe, eu lhe dou voz de prisão Enquanto a esposa chorava, o homem mostrando paz Concordou em dar a arma e acompanhá-los no más Deu de mão num livro negro e entregou com um pedido Por favor, leiam um pouco, esta é a arma que lhes digo, esta é a arma que lhes digo E pra findar o relato, sob o céu já estrelado Só dois homens em forquilha retornavam pra o povoado Um repensava a vida, o outro de vistas molhadas Levava uma velha bíblia junto ao cabo da espada