Avisto o horizonte sobre o mouro que enfreno Sob um tarumã copado eu mateio sereno E no meu pensamento afirmo os arreios Sobre a vida que levam em horizontes alheios Me chegam imagens de guerras e fome Ataques violentos que ranchos "consome" Coisas que tento e não consigo entender As razões porque pagos fazem seu povo sofrer Quem sabe essa gente esquecida e sofrida No seu horizonte tenha a paz merecida Que nas invernadas de onde tiram o sustento Engordem carinhos e amores lá dentro. Será que imaginam que além do horizonte Tenha campos floridos, água pura na fonte Que as batalhas que vejo aqui no rincão São de touros peleando erguendo terra do chão Que a saudade do campeiro pela mulher amada Supera as distâncias ao longo da estrada Que amigos reunidos no campo e cidade Sentem pela sua terra um amor de verdade