Despencados de voos cansativos Complicados e pensativos Machucados após tantos crivos Blindados com nossos motivos Amuados, reflexivos E dá-lhe antidepressivos Acanhados entre discos e livros Inofensivos Será que o Sol sai prum voo melhor? Eu vou esperar Talvez na primavera O céu clareia, vem calor, vê só O que sobrou de nós e o que já era Em colapso o planeta gira Tanta mentira aumenta a ira de quem sofre mudo A página vira, o são delira Então a gente pira e, no meio disso tudo, tamo tipo Passarinhos soltos a voar, dispostos a achar um ninho Nem que seja no peito um do outro Passarinhos soltos a voar, dispostos a achar um ninho Nem que seja no peito um do outro Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá La-laia, la-laia, la-laia Ah-ahn-ahn-ahn-ahn Ah-ahn-ahn-ahn (ah, ah, ah, ah) A Babilônia é cinza e neon, eu sei Meu melhor amigo tem sido o som, okay Tanto carma lembra Armagedom, orei Busco vida nova tipo ultrassom, achei Cidades são aldeias mortas, desafio nonsense Competição em vão, que ninguém vence Pense num formigueiro, vai mal Quando pessoas viram coisas, cabeças viram degraus No pé que as coisas vão, jão, doideira Daqui a pouco resta madeira nem pro caixão Era neblina, hoje é poluição Asfalto quente queima os pé no chão Carros em profusão, confusão Água em escassez, bem na nossa vez Assim não resta nem as barata (é memo) Injustos fazem leis e o que resta procês? Escolher qual veneno te mata Pois somos tipo Passarinhos soltos a voar, dispostos a achar um ninho Nem que seja no peito um do outro Passarinhos soltos a voar, dispostos a achar um ninho Nem que seja no peito um do outro Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá Passarinhos soltos a voar, dispostos a achar um ninho Nem que seja no peito um do outro Passarinhos soltos a voar, dispostos a achar um ninho (dois, três, quatro) Nem que seja no peito um do outro