Caminhando bem cansado, se foi avistado numa rodovia Um homem carregando um saco, percebi que fraco talvez estaria Sem ter por onde ficar e sem alimentar pela estrada seguia Na chuva ou na tempestade, a pé pra cidade ele prosseguia Quando chegou na cidade, comer à vontade ele não poderia Triste ficou seu semblante, nenhum restaurante lhe atendia Mesmo um resto de comida, se fosse servida lhe fortalecia E até mesmo um pedaço de pão de bom coração ele agradecia Anoiteceu, era Natal, e muitos afinal, grande ceia fazia E o homem num banco da praça, tão triste, sem graça e sem ter moradia Tão solitário ele estava, mas não reclamava por nada que via Sem ter sequer um panetone, esse pobre homem num banco dormia Dos fogos que o povo soltava, o espaço brilhava e tudo coloria E após a comemoração veio um grande apagão e faltou energia Toda a fartura da mesa, muitos com certeza não enxergaria Porém se avistava um clarão sobre o cidadão que no banco dormia Na terra ninguém é ninguém, nunca julgue alguém, isso não lhe conduz O Mestre foi crucificado, por nós judiado e morreu numa cruz Não queira ser importante, o nosso comandante é somente Jesus Mude sua caminhada, existe uma estrada, existe uma luz.