Sou eu, realeza africana Pele preta soberana triunfal Semeando a memória ancestral Fui a lança e a espada imortal Vim num mar em chamas com o invasor A força da Guiné me forjou Em cada terreiro, tarol mandingueiro Do chão Moçambique, o negro resiste Vem de Angola a coragem pra lutar Fortaleza que jamais vai se curvar Ô, maracatu, maculelê Ô, tem capoeira e fuzuê Salve o rosário de mãe preta, salve o jongo Herança quilombola Rei do Congo Em cada esperança Refaço aliança entre os irmãos Espalho sabores moldando a riqueza desse chão Bate o tambor, é semba Bate o tambor, é samba É Zuela de Luanda É Inkissi a dançar Sou mais um muzenza, eterno aprendiz É bantu, a minha raiz Bota dendê no couro Mete a mão batuqueiro Ingoma, curimba A Jovem tem mironga e faz o corpo arrepiar