É nossa voz Duetada com o som desse divino instrumento Casados com a melodia do nosso desejo e do nosso sentimento Ecoe dentro de cada coração Levando o sabor da verdadeira, doce e pura poesia De uma sonoridade singela Mas que emociona e contagia Som esse que nasceu lá no interior Veio lá do campo, lá da roça Veio pra falar e pra defender Mas só das coisa que é nossa Nós não tem nada contra as moda lá dos exterior Mas nós não troca o som da nossa viola caipira Por um som de guitarra de rock 'n' roll Prefiro mil vezes nossos causos, nossas prosa As nossas moda de caçador O nosso jeito simples e bonito Que só a gente tem de falar de amor Pra que melhor do que isso? Viola, violão, uma pinguinha pura, um cigarro de palha E dois cantador bão Claro que tudo isso com Deus na proteção Sem pisar em ninguém A gente luta pra defender E o que depender da gente A cultura nunca vai morrer Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do pão E se fartar de pão Hey, hey Hey, hey Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a doçura do mel Se lambuzar de mel Hey, hey Hey, hey Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra, propícia estação E fecundar o chão Hey, hey Hey, hey E fecundar o chão Eu vim-me embora e, na hora, cantou um passarinho Porque eu vim sozinho Eu, a viola e Deus Vim parado, assustado, espantado com as pedras no caminho Cheguei bem cedinho Eu, a viola e Deus Esperando encontrar o amor Que é das velhas toadas canções Feito as modas pra gente cantar Nas quebradas dos grandes sertões A poeira do velho estradão Deixou marcas no meu coração E nas palmas da mão e do pé Os catiras de uma mulher Ei, essa hora da gente ir-se embora é doída Como é dilurida Eu, a viola e Deus Ei, essa hora da gente ir-se embora é doída Como é dilurida Eu, a viola e Deus Tudo que dá na TV minha muié qué fazê Não mede as consequências Fez um tar de topless Quando vi, me deu um stress Perdi minha paciência Por me faltar o respeito Na muié eu dei um jeito Corretivo do meu modo No quarto deixei trancada Quinze dia aprisionada E com ela não incomodo Aqui não Posso até não ser simpático Comigo não tem desculpa Minha criação é xucra A verdade ninguém furta Sou bruto, rústico e sistemático Fim de semana passado Conheci o namorado da minha filha caçula Achei que não deu pareia Tava de brinco na orelha E o corpo cheio de figura Não suportei muito tempo Nesse relacionamento eu tive que opinar Sujeitinho era roqueiro Não dá certo com violeiro Nós num ia combinar Aqui não Posso até não ser simpático Comigo não tem desculpa Minha criação é xucra A verdade ninguém furta Sou bruto, rústico e sistemático Sistema que fui criado Vê dois homi abraçado Pra mim era confusão Mulher com mulher beijando Dois homi se acariciando Meu Deus, que decepção Mas neste mundo moderno Não tem errado e nem certo Achar ruim é preconceito Mas não fujo à minha essência Pra mim isso é indecência E ninguém vai mudar meu jeito Aqui não Posso até não ser simpático Comigo não tem desculpa Minha criação é xucra A verdade ninguém furta Sou bruto, rústico e sistemático