Quando evapora o suor do peão, ao céu levanta Nuvens de chuva, e o suor do peão volta pro rio Vai ser mais peixe, ser mais pão e vai ser planta O suor do peão, várzea de arroz, água do rio O rio é peão que se alimenta de migalhas De sal e suor, de vento e sol e de outras mais E se levanta como prata e cai nas calhas Como ouro líquido a banhar os arrozais Ouro que dança à luz do sol, e esplende em fachos Maduras hastes querem lâminas afiadas Foices que façam do rumor de ouro dos cachos Canção de rodas a rodar pelas estradas O arroz é rio, o arroz é sol, o arroz é roda O suor do peão é caminhão roda que roda O rio é peão que se alimenta de migalha De sal e suor, de vento e sol e de outras mais E se levanta como prata e cai nas calhas Como ouro líquido a banhar os arrozais Ouro que dança à luz do sol, e esplende em fachos Maduras hastes querem lâminas afiadas Foices que façam do rumor de ouro dos cachos Canção de rodas a rodar pelas estradas O arroz é rio, o arroz é sol, o arroz é roda O suor do peão é caminhão roda que roda