Por trás dessa cortina de fumaça
Em que você se esconde
Me vejo num delírio tal a praça
Em noite de desbunde
Enquanto os outros gritam
Enquanto os outros dormem
A gente se trumbica
A gente se consome
E tudo vira fome, fome
Fome da sua, da sua boca nua
Fome de carnaval incrustado na carne
Sedenta de rua
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