Num ranchinho beira córgo Lá no fundo de um grotão Naquela noite de geada Era só recordação Um rapaz ao pé do fogo Acariciava um velho cão Ouvindo da sua mãe A cruel revelação Há muito tempo, meu filho Você era um inocente Seu pai estava caçando Nisso surgiu de repente Um caçador de tocaia Matou ele injustamente A buzina do malvado Eu guardei na minha mente Nos olhos do pobre moço Correu lágrima sentida Nisso surgiu muito longe Um barulho de corrida O cão também percebeu E a velha com a voz tremida Disse, filho essa buzina Não me é desconhecida O rapaz que nem um raio Na espingarda passou a mão Deu um salto no terreiro E marcou a direção Esse toque não é outro Lhe dizia o coração Do malvado que matou O meu pai a traição O moço entrou na mata A velha ainda gritou Meu filho, deixe que Deus Faz justiça ao traidor O pedido de sua mãe Ele fez que não escutou Só depois de duas horas No seu rancho ele voltou Ao abrir sua patrona A velha gritou um ai Não tenha medo mãezinha Disse com calma o rapaz Eu fiz a maior caçada Outra igual não faço mais Trazendo a mão assassina Que matou meu pobre pai