Sigo o meu caminho Vago pelo caos Pedalando minha bicicleta na cidade grande a vadiar Revirando cada canto, esquina, deus, é todo cinza meu lugar Paro rente a um muro Vejo uma janela Nela vejo um vaso, vejo a rosa, vejo um vulto, um corpo de mulher Magnético arrepio vivo e logo viro rumo outro lugar Pedalando devagar Mesma ausência de cor Voltam janela, rosa e mulher Revelam cor no retrato PB da cidade ao meu redor Vago meu caminho Sigo pelo caos Pedalando minha bicicleta na cidade grande a assoviar Uma velha melodia um dia ouvida bem aqui neste lugar Paro noutro muro Olho pela porta Miro e vejo uma menina rosa vestidinho azul, rodopiar Sobre um velho pátio sujo e cinza ao som daquela velha melodia Pedalando no passado Deito cores ao presente Lembro a menina rosa e azul Lembro e repenso a maneira de olhar a cidade, o meu lugar