Quem acha, vive se perdendo Por isso, agora, eu vou me defendendo Da dor tão cruel desta saudade Que, por infelicidade, meu pobre peito invade Batuque é um privilégio Ninguém aprende samba no colégio Sambar é chorar de alegria É sorrir de nostalgia dentro da melodia Por isso, agora, lá na Penha, vou mandar Minha morena prá cantar com satisfação E, com harmonia, essa triste melodia Que é meu samba em feitio de oração O samba na realidade não vem do morro, Nem lá da cidade E quem suportar uma paixão Sentirá que o samba então Nasce no coração