Intro Dope mu— Tá a ferver Visual music, atualidade em destaque Preach, nigga Bom dia, Brasil Um salve do brenda e da linha de sintra Vosso boy tira Pra em '98 Gabriel, o pensador nos ouvidos Sonhava com esse mambo Killin' seasons Dope muzik, motherfucker A gente lembra de onde veio Todo sujo, com calções e chinela Sem dinheiro, roupa toda fatela Dizem que vou preso se eu vender wella Os mais bandidos, todos fora da cela O pobre é que enriquece a capela O padre é que empobrece a favela Política é que esvazia a panela Tiroteio na minha janela Gabriel, o pensador na orelha Mas não quero morar na favela Gabriel, o pensador na orelha Nunca sonhei em morar na favela Gabriel, o pensador na orelha Só que eu já nasci na favela Gabriel, o pensador na orelha Essa vai pa' todas favelas Tratam-nos como se existíssemos por acaso Nós somos arquitetados por vocês, por isso não façam caso Não finjam que se importam com essa velhinha Não finjam que se importam com as criancinhas Aqui a ajuda vem da vizinha, aí deve ser igual, eu falo da linha One love, Brasil, uns tantos quilos na rocinha Branca de neve, branquela, branquinha Pura, a ver se saio do morro Abre a tua boca, dedura, eu não corro Todos sabemos que o crime é um socorro Desporto ou música, assim desforro Porque eu sou preto e do gueto Não posso ter intelecto? Ponte Gabriel, o pensador na orelha Mas não quero morar na favela Gabriel, o pensador na orelha Nunca sonhei em morar na favela Gabriel, o pensador na orelha Só que eu já nasci na favela Gabriel, o pensador na orelha Essa vai pa' todas favelas Todo sujo, com calções e chinela Sem dinheiro, roupa toda fatela Dizem que vou preso se eu vender wella Os mais bandidos, todos fora da cela O pobre é que enriquece a capela O padre é que empobrece a favela Política é que esvazia a panela Tiroteio na minha janela Gabriel, o pensador na orelha Eu perdido no meio de ovelhas Gato preto morto na minha telha Deve ser azar, eu peço à velha Pa' rezar, embora não acredite Mas eu penso em Deus quando tô aflito É hipocrisia, eu admito Mas eu sou do bairro, mano, eu tô frito da cabeça Bué de conflitos na cabeça Meu-meu bolso tá vazio Mas eu já tô rico na cabeça Porque tenho guito na caneta, ayy Caneta do mandela Folha de pepetela Alma do negro zumbi Nesse corpo da favela Todo sujo, com calções e chinela Sem dinheiro, roupa toda fatela Dizem que vou preso se eu vender wella Os mais bandidos, todos fora da cela O pobre é que enriquece a capela O padre é que empobrece a favela Política é que esvazia a panela Tiroteio na minha janela