Você que faz da deslealdade seu brinquedo Talvez ache que o amor é um degredo Você que faz da paixão um molde estranho Talvez ache que o desengano seja um berço Quem faz da maldade seu endereço Não sabe que a dor não é um adereço Quem faz do amor um corpo estranho Não mede o tamanho do desapreço Bem se vê que só quer ver a dor em mim Bem se vê que só quer ver o amor assim Você que planta sua vida sobre pedras E faz disso um estranho vício Você que não semeia uma brisa Talvez ache que viver seja só isso.