Um caminhão Super, super carregado Levando ao povoado O precioso pão Em noite escura Nas estrada empoeirada Lá na curva da estrada Caiu um saco de feijão De manhãzinha A um quilômetro pela frente Uma família pobre e doente Vinha andando no estradão Mas de repente Vendo em sua frente Um saco de mantimento Parecendo uma visão Será verdade, meu Deus? Nossos filhos morrendo de fome A cinco dias que não comemos nada Agora temos o que comer Isto é uma dádiva do céu Isto foi mandado pelas mãos de Deus Cantado E debaixo De uma grande gameleira Armaram a rede e a esteira Para a se agasalhar Por mais depressa Tiraram os trens da mochila Pra fazer sua comida E sua fome matar E depois De matar a sua fome Que aquele pobre homem Se pôs de joelho a rezar E o saco Do precioso feijão roxinho Matou a fome dos seus filhinhos Para a vida continuar