Por onde andas, Oh! Meu Cristo? Digo meu, mas no vero sou eu, que sou Teu Por onde andas Oh! Meu Cristo? Se em meio ao tumulto da multidão Tu me pareces mais como amuleto da religião Por onde andas, Oh! Meu Cristo? Se pelos vitrais da minh’alma, o que vejo são apenas escritos! Por onde andas, Oh! Meu Cristo? Se a saudade me aprisiona entre falácias Do firme desespero, de homens que afirmam tua posse Eles não sabem que de posse sou pobre, mas de anseios sou rico Por onde ando, Oh! Meu Cristo? Se não sei o que sei e espero um dia saber Valente diante dos homens e homem frágil diante de Ti Por onde ando, Oh! Meu Cristo? Na certeza de te querer e na dúvida de te conhecer? Certamente o pranto é o melhor canto Por esses lados onde não te encontro! Melhor mesmo seria te encontrar toda manhã Dizer-Te bom dia, cevar o mate e ouvir-Te falar Te espero Oh! Meu Cristo! Invisto tempo, pois avisto tua face Mesmo sem vê-lo, sou todo Teu Recebe essa prosa como paixão Pois para Ti é todo este apelo