A mulher de Manoá Não podia filhos ter Mas um anjo de Jeová Disse: Tu vais conceber Um menino que irá Libertar a Israel Do domínio filisteu Ele será nazireu Nazireu é um devoto Que a Deus fazia voto Não cortava o cabelo Não bebia vinho e pinga Não tocava em defunto E não comia presunto Manoá ficou feliz E ao anjo disse: Diz Para mim qual o seu nome Deve ter muito renome Eu vou tomar um cabrito Para matar sua fome Mas o anjo do Senhor Disse: É maravilhoso O meu nome, seu curioso Manoá não sabia Que era o anjo do Senhor E enquanto oferecia Holocausto de louvor Subiu chama do altar E o anjo subiu a voar Junto com a chama Manoá e sua mulher Ficaram com medo de morrer Caíram com a cara na grama (Ou será que no chão tinha lama?) Mas logo se lembraram Que se o anjo os quisesse matar Não aceitaria a oferta do altar E nem coisas boas iria contar E logo nasceu Sansão Que virou um homenzarrão Sansão era muito forte Matou um leão sem arma de corte Sem ter na mão um trabuco Mas por mulheres, tinha um fraco Ao ver uma filistéia (Claro que não era mocréia!) Ele logo se rendia E aos seus pais entristecia Pois aprovadas pelo céu Eram as mulheres de Israel Que no Deus único criam Mas as mãos de Deus permitiam Pois buscava ocasião De fazer com que Sansão Contra os filisteus lutasse E com eles acabasse Um dia Sansão foi ver o leão morto E no cadáver tinha um enxame Vejam só que vexame! Seu voto esqueceu, tapou as orelhas Sansão comeu o mel das abelhas (Lembram que não podia tocar em defunto?) E ainda inventou um assunto Apostou roupas com trinta filisteus A quem descobrisse a adivinha Do comedor saiu comida E doçura do forte vinha A resposta seria dada no banquete Da festa do casamento E não tendo quem interpretasse Disseram, à noiva, os filisteus: Quer que alguém asse? Você e a todos os seus? Nos conte a adivinha Se não quer ficar fritinha! E a noiva de Sansão Começou a chateação Você não me ama não Se me amasse contaria tudo Mas você fica mudo! E Sansão, carrancudo (Foram sete dias de encheção!) Lhe contou a adivinha E aos parentes filisteus Ela fez a fofoquinha E estes do seu povo Ganharam a aposta Disseram a resposta O que é mais forte Que um leão do norte? O que é que tem mais doçura Do que o mel, ó criatura? Sansão trinta homens matou Suas roupas tomou E a aposta pagou Mas não se apagou A raiva que tinha Pois sabia que sua gatinha Recebeu uma pressão E revelou a questão E Sansão voltou pra casa E a noiva, com outro se casa E quando Sansão soube disso Ficou tão irritadiço Que pegou trezentas raposas Pôs fogo em tochas E amarou-as em suas caudas Foi um Deus nos acuda! Um incêndio danado! Todo campo abrasado E os filisteus queimaram a noiva E também o pai dela Então Sansão apela Causa grande ferimento A um enorme regimento Os filisteus se acampam contra Judá Que fica com muito medo Então os judeus vão até lá Onde Sansão estava escondido E dizem: Não sabe que nos domina? Este povo filisteu? Você enlouqueceu? O amarram com cordas novas Pra entregá-lo àquele povo Mas ele as arrebenta num momento Pega a queixada de jumento E com ela feriu mil Era tanto cabra macho! Mas não viu nenhum riacho Sentiu sede, e disse Vou morrer, acho Mas Deus abriu Um buraco na rocha E Sansão parou as queixas Pois dela saiu água E Sansão por vinte anos Foi juiz de Israel Deus tem seus planos Sansão também arrancou A porta de uma cidade Com tranca e umbral a carregou Com toda a velocidade E subiu no topo de um monte Que de Hebrom está defronte E fugiu dos sentinelas Que matá-lo queriam Depois dele amar outra donzela Mas por causa de Dalila Sansão enfim vacila Conta, de sua força, o segredo Depois de mentir e aos filisteus Que a Dalila prometeram Mil e cem moedas de prata Encher de medo Falou a Dalila que se o amarrassem Com sete cordas de arco Afundaria o seu barco Mas quando ela gritava Os filisteus estão vindo! Percebiam que estavam mentindo Pois as quebrava com um dedo E a vilã Dalila Começou a chateação Você não me ama não Se me amasse contaria tudo Mas você mente, cabeludo! E ele disse que se o amarrassem Com cordas novas Levaria muitas sovas E ficaria preso, surpreso Mas de novo, escondidos Os filisteus observavam Enquanto se quebravam As cordas nunca usadas Após Dalila dar o grito (Que mais parecia um cabrito!) Ele contou outra mentira Sobre fazer sete tranças nos cabelos Com um tear e prender numa estaca Mas logo a mentira se destaca Quando ouviu os apelos Os filisteus estão vindo! Ele consegue desprendê-los E a vilã Dalila Continuou a chateação Você não me ama não Se me amasse contaria tudo Mas você mente, cabeludo! E ela o aborreceu tanto Que ele revelou o encanto Se eu ficar careca Eu perco toda a força E ao tirar uma soneca Dalila disfarça E os cabelos alguém corta Eita mulher torta! Enfim ao ouvir o grito Os filisteus estão vindo! Sansão acorda Mas o Senhor dele saindo A força se foi junto E acabou-se o assunto Arrancaram os seus olhos Prenderam-lhe com ferrolhos Fizeram-no trabalhar feito um burrinho Amarrado, girando um moinho Mas seu cabelo, lentamente Ia crescendo, minha gente! Os filisteus se ajuntaram Para ao Deus Dagom celebrar Achavam que era ele Que a Sansão fez fraquejar E fizeram de Sansão um palhaço Mas ele pediu a um moço Me deixe nas colunas dar um abraço E a Deus fez um pedido Só mais uma vez me faça forte Pra que eu vingue os meus dois olhos E Sansão empurrou as colunas Que à casa davam suporte E matou muito mais gente na morte Do que matou enquanto vivo Lá tinham três mil pessoas Eram ruins, não eram boas E assim morreu Sansão Que por vinte anos Foi juiz de uma nação