- ... qual o seu nome? - (respiração) Olha é o seguinte agora você ouviu o que eu falei, não falei? - Eu não, não deu p'ouvir direito não... - Que eu não era mulher... - É. Sei. - Sendo que agora não vou poder conversar mais porque os meus amigos chegaram em caaasa. - Tem o que? - Meus amigos chegaram em casa, cê mora aonde? - Eu, moro na Tijuca. - Cê tem telefone? - Não, num posso dá o telefone que eu tô no trabalho. - Huuummm... - Ah é? Mas você faz o que? Você... - (respiração) ham... que q'eu fa...? - Faz programa? - Nããão! Que isso !? - Transformista? - Não. Eu sou um garoto! (risos) - Ah é? - É. - Com essa voz? - Com essa voz. Eu sou um garoto meio mocinha. - Ah é? - Ahã... - Mas que que cê faz da vida? - Eu sou bailarino. - Ah é? - Bailarino clássico. - Legal... Bom, então... - Cê. Oi, diz... - vou fazer o seguinte: te ligo mais tarde. Amanhã. Eu procuro com que nome? - Você tá trabalhando aí amanhã de dia também? - Trabalho. - Pronto! Então pode ligar pra mim. - Oi? - Pode'até que horas cê tá aí, amanhã? - Tô até oito horas da manhã. - ai... - Qualquer coisa de tarde eu te ligo, quando eu chegar em casa. - Pronto. Meu nome é Alexandre. - Alexandre. - Cê anotou meu telefone? - Anotei. - Tá bom. - Tá boom...? - Tá. - Tchau... - Tchau. (click!)