É irmão, todo mundo tem medo de alguma coisa Tem porque se ta vivo, num é uma pedra, um objeto E não adianta fala que não tem não, porque tem! Eu tenha varios, e vou te falar algum deles Eu tenho medo da morta, muito mais dessa vida Medo de não ser forte, não achar a saida De me entregar quando for pra reagir De enfretar o oposto pelo gosto de ferir Prosseguir, nos vales de espinhos e sorrir Pra fingir que os males do caminho vão sumir Acreditar, sonhar e ver que tudo é cadeia Juntar seu amor e dar pra quem te odeia Eu tenho medo, do erro porque traz o pretesto Quem erra paga caro, as vezes um mal do preço Medo, das frases que trazem a esperança Não ser compreendido e levar tiro de criança Eu tenho medo do menino por muito sem alimento Sem carinho, sozinho, nesse mundo violento Medo da proposta, do pesadelo do momento Do coração de gelo, olhar frio, sem sentimento. Tenho medo de não encontrar a paz Medo de temer, medo de não temer mais Eu tenho medo de me encontrar só Mas vivo só e sem medo Eu tenho medo de sorrir agora e chorar depois De dar meus sentimentos aos que ficam pra quem foi Chorar no momento que era pra segurar De não ter palavra certa quando o caixão se fexar Medo da consequencia que isso ai pode trazer Precisar de apoio, olhar pros lados e não ver Medo da matraca apontada sem direção Do psicopata sem amor no coração Medo de não saber o que está pensando Se ama ou sofre quando está matando Medo de amar e não ser correspondido Rimar na poesia e não ser compreendido Medo de viver constantemente no sufoco Mente atribulada, diagnostico de louco Por pouco me vender e depois me arrepender De você está com todos e ninguém ta com você Tenho medo de não encontrar a paz Medo de temer, medo de não temer mais Eu tenho medo de me encontrar só Mas vivo só e sem medo Eu tenho medo da detenção do frio da madrugada Da policia, da milicia que atira sem falar nada Do click da samsung, da foto mal registrada Dos jornal, mostrando a minha cara furada Dizendo que morreu porque involveu com um canalha Que o crime não é creme O crime não aceita falhas Estamos indo irmão, pro final da era Terremotos, maremotos, grandes crateras na terra Medo da certeza que seria necessario Comprar lugar no céu é 10% do salario Dizimo, propina, sei lá, ninguém resseia Mercenario aumenta a fé, quando vê a casa cheia Medo da flor, do perfume que exala De sentir o odor, quando eu tiver na vala Meda da falencia, da crença que se disfaz Medo de ter medo, medo de não temer mais Tenho medo de não encontrar a paz Medo de temer, medo de não temer mais Eu tenho medo de me encontrar só Mas vivo só e sem medo