Oito dias, sete noites Cai-se a chuva sem parar Trovoadas, céu cinzento Coriscos a clarear Nuvens densas carregadas Arremessam lá do céu Águas pra encher ribeiras, ribeiras Mas o homem sertanejo Confia na sua fé Foi um ano de peleja Acredite se quiser Gado que morreu de fome Homem que a seca consome Nada no igarapé! Certamente o sertanejo Já teria sossegado Se tivesse semeado Raios ventos e trovões Com certeza o coitado Já teria acostumado Em ver o tempo nublado E águas que alagam sertões Mas o homem sertanejo Confia na sua fé Foi um ano de peleja Acredite se quiser Gado que morreu de fome Homem que a seca consome Nada no igarapé! Nada no igarapé! Nada no igarapé! Nada no igarapé! Nada no igarapé!