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Um Canto a Margarida

Aborigine

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É melhor morrer na luta que morrer de fome
Em vão não será
É melhor morrer na luta que morrer de fome
Não vão nos calar

Uma casa de taipa, candeeiro e lampião
Lenhas amontoadas debaixo de um fogão
Aquecendo a pouca água que receberá o feijão
Misturado à farinha, no dia, única refeição
Margarida, irmã caçula de oito irmãos
Em sua infância já carrega calos pelas mãos
Bonecas? Enxada. Escolas? Roçado
Resposta dada desde infância ao proletariado
Quem dera o açude sempre cheio, a perder de vista
Sem pensar em dividir a água com o gado e com a filha
Os coronéis não sabem disto, não vivem isto
Camisa de seda e pele branca, graças ao serviço
De centenas, a dura pena, pequeno salário
Sem terra, sem direitos, mas há um sindicato
Lutando contra a grande exploração
De agricultores e agricultoras deste imenso sertão
Tão parecida neste instante com a cidade grande
Aqui coronéis, lá comandantes
Aqui mata lavrador, lá estudantes
Terras e Governo a preço de sangue. É ditadura
No campo, mil assassinatos em 20 anos
Senhores de engenho de engenho, seguem lucrando
Uma minoria detém metade das terras
E por século no campo reina a miséria
Neste contexto do interior brasileiro
A luta de Margarida surge na Paraíba como berço
Em 73 assume o Sindicato
E Alagoa Grande ver esperança em seus atos
Só deixo de luta quando morrer
Enquanto a chama no peito ainda arder
E o jardim brasileiro se alegra com esta semente
Margarida Alves Presente!

É melhor morrer na luta que morrer de fome
Em vão não será
É melhor morrer na luta que morrer de fome
Não vão nos calar

Não faz muito tempo, seu moço
Nas terras da Paraíba
Viveu uma mulher de fibra
Margarida se chamou
E um patrão com uma bala
Tentou calar sua fala
E o sonho dela se espalhou
Margarida moveu ações contra o latifúndio
Defendendo interesses de seu povo com orgulho
Por que o trabalhador rural não pode ter férias?
Com uma carteira de trabalho em branco que garante a miséria
centenas de ações movidas pelo sindicato
Por 13º e jornada e trabalho
Foram 12 anos de gestão
Militância que denunciava a opressão do patrão
Lutou por educação num mundo de labuta
Entre analfabetos fundou o Centro de Educação e Cultura
E sua luta incomoda
Passa a receber ameaças que batem em sua porta
Mesmo assim não se cala
Até o presidente ditador recebeu sua carta
Margarida é exemplo e modelo de força
Inteligente, articulada, protetora
Mas o Sr. de engenho, lá da usina de cana
Passa a pagar pistoleiros, capangas
Margarida ameaçada por este homem
Diz ‘é melhor morrer na luta que morrem de fome’
Seu filho de 10 anos irá presenciar
Uma cena que jamais há de esquecer
Um capanga, calibre 12 a atirar
Margarida em nós não vai morrer!

É melhor morrer na luta que morrer de fome
Envão não será
É melhor morrer na luta que morrer de fome
Não vão nos calar

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