Na bomba do mate ficou o desejo de ganhar o teu beijo, ganhar teu amor De cantar milongas nestas tardes longas de chuva batendo e cantigas de amor Beijo de prata sentindo tua boa e essa ansia louca vem me atormentar A chuva guasqueada não lava minhas magoas que se tornaram aguas pro mate lavar O que há de misterio nestas tardes de chuva Quando a lida muda, me prendendo no galpão Engraxo as cordas, toso o pingo, remendo o laço Depois me abraço no meu velho violão Chegou noticias do posteiro do fundo, que desabou no mundo as águas do céu O Camaquã se veio, com esse tempo feio, ilhando rodeio, fazendo escarcéus O que há de misterio nestas tardes de chuva Quando a lida muda, me prendendo no galpão Engraxo as cordas, toso o pingo, remendo o laço Depois me abraço no meu velho violão O que há de misterio nestas tardes de garoa Quando o pensamento voa a campear desilusão Minha canção sai louca ao rumo da estrada Pra encontrar minha amada, e acalmar meu coração