O espirito da miséria Já dominou muita gente É só falar em dinheiro Que ele fica diferente Vira crente revoltado Chega até ranger os dentes O bolso do miserável É um ninho de serpentes Se chega a dar uma oferta Ele vira delegado Quer saber pra onde foi O dinheiro ofertado Se é feito uma coleta Ele não dá nenhum tustão Ele não joga peteca pra não ter Que abrir a mão Todo homem avarento Não tem a alma de nobre Quanto mais ganha dinheiro Fica cada vez mais pobre Ele só pensa em si mesmo E não ajuda ninguem Quanto mais ele é seguro Muito menos ele tem Só gosta de receber Mas nunca gostou de dar Esta pronto pra colher Mas nunca pra semear Os outros fazem o trabalho Mas ele não põe a mão Quer beber agua do poço Mas não quer cavar o chão Para poder receber Primeiro é preciso dar Mas todo unha de fome Não gosta de cooperar Se esquece da palavra De Jesus senhor e rei Só quem é fiel no pouco No muito colocarei Para ajudar a missão O que ele traz é um horror Roupas velhas e rasgadas Bugigangas sem valor Ele pode ajudar Porem não quer nem saber De mãos dadas com a miséria Ele vai até morrer É mais fácil um leão Virar comida de paca Do que arrancar dinheiro Desse crente mão de vaca É mais fácil derrubar O touro na cabeçada Do que fazer o murrinha Ajudar numa empreitada Mais fácil levar anzol E pescar um tubarão Ou matar um urso a tapa Jacaré a beliscão É tirar leite de onça Com seu filhote na mão Deus me livre da miséria Eu oferto de coração