Uma rotina em colapso
Quando já desististe
Para a malícia de alguém
Só para descobrir que acabei de ser abandonado

Porque fui escolhido?
O que fiz eu de errado? O que fiz eu de errado?

Corre até o céu nublado se encher
Corre até o teu coração parar
Se não continuares a odiar
Perderás o sentido da vida
Governado por este cheiro
Resista ao desejo de perdoar sem mais
Pensando em inimigos para odiar
Hoje volto a dormir
Vazio

Um guarda-chuva aberto
Não és muito bom nisto
Inclina-o na minha direção
As tuas cores crescem

A bondade e a fraqueza são um par
Estou a afogar-me na chuva

Pelo preço da felicidade
Prefiro esquecer-te
Prefiro não ser feliz a esquecer-te
Se eu te odiar, se eu for bruto, se eu for podre
E desprezar-me-ás por estar vivo
E deixarás de me amar por estar vivo
Não tenha esperanças
Eu sou
Eu
Eu

Corre até a dor parar
Corre até o seu coração parar
Se não continuar a odiar-me
Eu vou perder o sentido da vida
Governado por este fedor
Resista ao desejo de me perdoar
Pensando em inimigos para odiar
Hoje volto a dormir
Quem me dera estar vazio
A chuva vai parar, porque há vida