Tinha uns verso' pelo meio cuja primeira intenção Era riscar de violão, fazê-los sonoridade Mas, pra falar a verdade, tirando aquelas por farra Minhas noções de guitarra também são pela metade Tastaveando sobre os trastes, acomodei melodia Uma milonga macia sem invenções no compasso Pra rechear seus espaços, tive a ideia, desvario Me desdobro em assovio se acaso me faltar braço Penso e, pensando, não vejo Como descobrir aonde É que esse velho desejo De correr mundo se esconde Sempre que a noite morena Acende suas estrelas Não posso conter-me apenas A admirá-las, a vê-las As quero mais perto, belas Vindo comigo em reponte Para luzirem com aquela Que o meu pingo, que o meu pingo traz na fronte As quero mais perto, belas Vindo comigo em reponte Para luzirem com aquela Que o meu pingo, que o meu pingo traz na fronte Para luzirem com aquela Que o meu pingo, que o meu pingo traz na fronte Já tive dona, carinhos Já tive rancho, morada Larguei tudo pra, sozinho Embriagar-me de estrada Se igualam os meus costumes Aos que Martin Fierro tinha No pinho, desperto ciúmes Não faço feio na rinha Pareço ter na garganta Força maior do que a minha E outro cantor não canta Quando improviso em dez linhas Pareço ter na garganta Força maior do que a minha E outro cantor não canta Quando improviso em dez linhas E outro cantor não canta Quando improviso em dez linhas " D’onde venho, não esqueço, pra onde vou, só Deus sabe Quanto ao todo que me cabe, não me cabe botar preço Exatidão de endereço, não pra o índio que caminha Limites, limites, nem mesmo a linha que o horizonte reparte Posso estar em qualquer parte, afinal, a terra é minha " Ou eu me amanso algum dia Na ilhapa da trajetória E todas balda', mania' Que tenho virão memória Ou levo pra o cemitério Conforme disse o cantor Esse destino gaudério Peregrino, peregrino e cruzador Ou levo pra o cemitério Conforme disse o cantor Esse destino gaudério Peregrino, peregrino e cruzador Esse destino gaudério Peregrino, peregrino e cruzador Esse destino gaudério Peregrino, peregrino e cruzador