Gente gaúcha e cavalo No meu pago é o que mais tem Gente gaúcha que se sabe Seguir o caminho do bem Cavalo pra pechar touro, Quando pra o causo convém Gente gaúcha e cavalo No meu pago é o que mais tem O Rio Grande é um manancial De pagos iguais ao meu Muito embora tenha gente Que do seu pago esqueceu E hoje se olha no espelho E nem lembra onde nasceu E hoje se olha no espelho E nem lembra onde nasceu Não que não andem pilchados, Ou porque vistam tendências Mas porque o mundo lhes tira O que carregam na essência Sem saber que a identidade Dá ganhos à inteligência Sem saber que a identidade Dá ganhos à inteligência Gente gaúcha e cavalo No meu pago é o que mais tem Gente gaúcha que se sabe Seguir o caminho do bem Cavalo pra pechar touro, Quando pra o causo convém Gente gaúcha e cavalo No meu pago é o que mais tem Então não posso cantar O que não seja o meu pago Pois meu canto tem raiz, Embora eu seja índio vago E se o meu verso dá um pealo, De pronto aperto e não largo E se o meu verso da um pealo, De pronto aperto e não largo Por isso povo gaúcho, Penso nas coisas que falo Cantos as coisas do meu pago, Nosso chão, nossos cavalos Pois é o que resta de nós Que não foi globalizado Pois é o que resta de nós Que não foi globalizado