Cifra Club

Curso online de contra-baixo

Tira Dúvidas

Tudo bom com vocês?

Desculpem-me pelo atraso para postar esta nova aula, mas o mês de Maio foi bem “puxado” e por isso da demora.

Nesta aula irei dar algumas explicações solicitadas tanto por e-mail quanto através da nossa comunidade no orkut (relacionadas a última aula).

Pra que servem as escalas?
Muita coisa... mesmo...

Com elas é possível desenvolver grooves (levadas), frases e até solos, como foram feitos na última aula. TODOS os exemplos passados foram única e exclusivamente criados em cima de uma escala, não pensei em mais nada na sua criação, fui apenas buscando a melhor sonoridade através da que tinha como referência (no caso Dó maior).

Vamos dizer que você está lá com sua banda e de repente o guitarrista fala: “cria aí uma levada em Sol maior”. E aí? O que você faz? Cria a levada, oras... mas como?

Primeiro você monta a escala de Sol maior (lembram-se? 1, 1, ½...) e nela vai descobrir que o único acidente existente é o Fá#. Depois disso você vai achar o “desenho” da escala no contrabaixo que o professor lá do curso de contrabaixo do Cifra Club ensinou. Pronto, achou? Agora é só fazer uma levada (groove), ou seja, uma base utilizando as notas deste “desenho”. Lembre-se que os grooves não requerem muitas notas, e possuem apenas a função de manter uma base harmônica e rítmica e para isso não é necessário utilizar todas as notas da escala. Muitas músicas possuem uma excelente base com apenas duas ou três notas.

Talvez você tenha pensado... “Pô, mas o guitarrista pede essa base e eu tenho que pensar e fazer tudo isso... nessa já acabou o ensaio...”
Tudo é treino e estudo, acredite, logo logo vocês não estarão mais necessitando montar a escala e pensar no seu desenho, tudo sairá automaticamente. Mas pra isso é necessário estudar sempre.

Tá, expliquei sobre o groove, mas aí o baterista faz uma virada em certo trecho da música e pede que você acompanhe ele com uma frase no baixo. O que fazer?
A mesma coisa que expliquei sobre groove, só que agora pensando em frases (o que requer mais notas) e pensando na métrica para fazer “colado” com a virada do batera.

E na última hora, lhe pedem para fazer um solo... vixe, aí já viu...
Nada, faz a mesma coisa. Só que desta vez pensando na criação de frases se  completando, ou mesmo já na concepção de um solo sobre todo o desenho da escala.

Mas então é pra isso que servem as escala? Criar bases, frase e solos?

Não só isso... podemos usá-las como exercícios de técnica (como os estudos que já fizemos, por exemplos de padrões), ou mesmo como aquecimento antes do ensaio ou do show. Fique fazendo um desenho de uma escala qualquer no sentido crescente e decrescente por 10 minutos verá o resultado.

Vamos pensar que sabendo criar grooves (bases), frases e solos já podemos tocar qualquer música, logo, está aí a importância de saber todas as escalas e como monta-las. Lógico que nosso estudos seguirão e verão que existem vários caminhos para chegar a um bom resultado em suas linhas e as escalas sempre serão o alicerce para tudo isso.

Mas professor, não entendi muito bem a diferença entre groove, frases e solos...

Então vamos lá...

Grooves:
Podemos chama-los também de “bases”. Possuem a função de condução, ou seja, com eles nós mantemos a harmonia e rítmica da música (principal função do nosso instrumento nas composições), lembrando que para isso não são necessárias muitas notas. Podem ser divididos em grooves fechados (se repetem) ou abertos (possuem variações).

Frases:
Vamos pensar no sentido de frases na lingua portuguesa. Quando você quer falar ou se expressar você utiliza frases para isso, certo? O mesmo princípio serve para frases “musicais”. Com elas podemos expressar nossos sentimentos através da música. São utilizadas em determinados trechos como em viradas ou solos.

Solos:
Nada mais é que a junção de diversas frases num só trecho, expressando o sentimento que queremos dar a música. Voltando ao exemplo da lingua portuguesa vamos pensar que quando queremos contar uma história nós a dividimos em diversas frases para o melhor entendimento o ouvinte, pois se contarmos tudo de uma vez e sem pausas, a pessoa não vai conseguir entender exatamento o que queremos explicar. Exemplo:

Seeutivesseescritotodoestetextodestaformaprovavelmenetevocêsnãoentenderiam
nadapoisprecisamosdividilocompausasparaumamelhorcompreensão.

(Tradução: Se eu tivesses escrito todo este texto desta forma, provavelmente vocês não entenderiam nada pois precisamos dividi-los com pausas para uma melhor compreensão.)

Comece a prestar atenção como qualquer solo que não possua pausas ou tempo para  “respirar” se torna chato e muitas vezes sem sentido algum. O ouvinte necessita destas paradas para poder absorver melhor as idéias e para isso dividimos os mesmos com frases, assim como na língua portuguesa.

Agora já sabem a diferença entre grooves, frases e solos, certo?

 

Outro tópico muito questionado na comunidade foi sobre como se aquecer antes de tocar. Vamos facilitar...

Primeiro: alongamentos;
Estique os braços para frente com os dedos entrelaçados, depois para cima, e por fim para trás com as mãos na altura do quadril. Gire os mesmos para frente e para trás. Abra e feche as mão, entrelace os dedos e estique-os. Gire os punhos.

Segundo: aquecimento com o instrumento;
Digitações 1, 2, 3 e 4 por toda a escala do instrumento (exercício passado na terceira aula do curso) durante alguns minutos. Depois faça padrões sobre a escala (exercícios da quarta aula) mais alguns minutos.

Pronto, já está pronto para tocar e sem riscos de lesões...

Não sou adepto de outras formas de aquecimento, como esquentar a mão no fogão ou na água quente. Além de ser perigoso não nos prepara “fisicamente” para tocar. Sem contar que se você, por exemplo, vai tocar num barzinho numa noite fria, vai ter que preparar todo um ritual na cozinha do mesmo (se tiver), só pra se aquecer...

 

Último tópico...

Não possuo o material das aulas pronto e apostilado como alguns acreditam. Vou fazendo as aulas conforme vou postando e por isso não tenho como enviar material por e-mail. Digo o mesmo para material não relativo ao curso de baixo do Cifra Club.

Meu site em breve passará por atualizações e provavelmente disponibilizarei algum meio de aulas online, onde será cobrado o valor das mesmas. Quando estiver pronto comunicarei a todos.
Do mais só passo material avulso na minhas aulas particulares, portanto, interessados entrem em contato.

Acho que é só...

Como houve demora nesta aula, a próxima será postada em até no máximo duas semanas (prometo!). Mas tentarei antes disso...

Obrigado a todos pelas mensagens e e-mails. Vou respondendo assim que puder...
E parabéns a todos que mantém nossa comunidade sempre movimentada.

Aos que não conhecem, visitem:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=11290630

Abraços e até a próxima...

Rodrigo Brizzi
rodrigobrizzi@gmail.com


Rodrigo Brizzi Rodrigo Brizzi rodrigobrizzi@gmail.com

Rodrigo Brizzi é baixista formado pelo IB&T, professor e atua com as bandas Fool's Box, Kalango Kamikaze e Walk Main. Atualmente é o responsável pelo curso de baixo do site Cifra Club, colaborador da revista Cover Baixo, professor nos sites Baixista.com.br e tOquemaisbaixo. Seu e-mail é rodrigobrizzi@gmail.com e seus sites são www.myspace.com/rodrigobrizzi e rodrigobrizzi.wordpress.com

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