(Eu trago a marca do casco de um pingo pisando a grama e do fogo a própria chama que o tempo jamais apaga sou a faísca da adaga do brabo Sepé guerreiro brotei do chão missioneiro na velha são Luiz Gonzaga eu canto aquilo que vivo vivo aquilo que eu estampo e eu sou a marca do campo que nunca desmereceu com esse dom que Deus me deu eu digo pra o mundo inteiro se existir um cantor campeiro podem saber que sou eu.) Bota de garrão de potro Bombachita remendada Chapéu grande sobre a nuca Com a copa meio furada Rédea trançada nos dedos E um mango enfiado no braço Tirador velho esfolado De queimadura de laço(2x) Trago a marca da mangueira Nos dias de marcação Do pealo a pé e a cavalo Do capataz e do peão E um pingo tranqueando forte Em direção ao rodeio Pelegão com toda lã E for preciso eu sesteio(2x) (Pra cantar assim como eu canto Tem que calçar minha botinas E não é de valde que eu sou Um esteio da terra sulina E enquanto eu viver no mundo As tradições não termina) Trago a marca sobre o corpo De cicatriz de rodada Nos pagos de Uruguaiana Numa certa campereada Eu fui salvado por Deus Que estava olhando pra mim Pra cantar marca de campo E as tradições não ter fim(2x)