Pagode vai ficar formado, pandeiro já chegou, olha aí Tamborim também, ó o agogô Agora a cuíca, legal, é a cuíca vai lá Ó o ganzá, molho formado Olha o surdão malandro Vai ficar gostoso, eu te falei Ih cavaco, pintou, e viola rapaz, pintou Agora vamos armar aquele pagode da necessidade É isso aí A necessidade obrigou Você me procurar Você era orgulhosa Mas a necessidade acabou com a sua prosa Você era orgulhosa Mas a necessidade acabou com a sua prosa Sou Genaro soalheiro Nome conhecido no samba inteiro Se você não acredita é só perguntar A quem é partideiro Artisticamente falando Bezerra da Silva tem muito valor Toca surdo, toca tamborim Canta partido alto e é compositor E a necessidade A Necessidade obrigou (É isso aí malandragem vamo agora arrepiar o pagode) Você me procurar (Devidamente apresentados, ela cheia de marra) Você era, orgulhosa Mas a necessidade acabou com a sua prosa (diz de novo) Você era, orgulhosa (sim) Mas a necessidade acabou com a sua prosa Sou um malandro perfeito Tenho sessenta mulheres Cinquenta andando a pé Nove me perturbando E uma em casa de fé Conheço muito malandro Que é malandro de conversa Se a mulher não mete os peito Eles passa fome à beça E a necessidade A necessidade obrigou Você me procurar Você era, orgulhosa Mas a necessidade acabou com a sua prosa Você era, orgulhosa Mas a necessidade acabou com a sua prosa Não sou um papo furado Nem jogo conversa fora Quando eu me aborreço Dou bolacha a toda hora Como é que você dá bolacha Se você tá hepático, todo esquelético Todo raquítico cheio de cosmético E paralítico, "coro" hipotético E a necessidade A necessidade obrigou (Agora você mexeu comigo cumpadi) (Eu fiquei esquisito porque eu não posso te dar uma resposta) Você me procurar (mas tudo bem) (Gente vai se encontrar, mas na frente eu vou te dizer uma resposta) Você era, orgulhosa Mas a necessidade acabou com a sua prosa Você era orgulhosa Mas a necessidade acabou com a sua prosa Você era, orgulhosa Mas a necessidade acabou com a sua prosa