Chegou o dia de conhecer um estilo musical próprio, pois te contaremos tudo sobre o J-rock neste artigo!

O rock japonês, também conhecido como J-rock, é uma vertente do rock que mantém a tradição de unir estilo, atitude e quebra de paradigmas. Assim, influenciados pela sonoridade britânica e estadunidense dos anos 60, o J-rock viu surgir suas primeiras bandas logo na mesma década, os Group Sounds.

Mas, com sua popularização ao longo do tempo, o rock japonês incorporou visuais bem definidos, onde as influências e mensagens pudessem se expressar. Foi então que surgiu o visual kei, que mistura identidade e tradição em visuais únicos, ganhando mais adeptos ao redor do mundo. 

Por isso, em parceria com o portal J-rock Brasil, listamos 7 ramificações do visual kei para você conhecer. Vem com a gente?

J-rock e visual kei

No início, as letras entoadas no J-rock eram em inglês, o que se manteve até 1970. A banda Happy End foi a pioneira em cantar em japonês. Após o sucesso, as bandas se derivaram no punk, hard rock e heavy metal, se popularizando nas décadas seguintes.

Assim, com os festivais e trilhas para animes, o J-rock se estendeu mundo afora, alcançando apresentações no Madison Square Garden e na Taipei Arena. Além disso, nos anos 2000, as bandas femininas de heavy metal ganharam notoriedade no mainstream, ocupando, inclusive, charts do Reino Unido. 

Nesse sentido, assim como o J-rock, o visual kei tem vários subgêneros, tornando-se impossível ligar uma determinada banda a cada um. Pois, dependendo de cada fase, os grupos adotam um estilo diferente.

7 vertentes de visual kei

Listamos algumas das principais ramificações do visual kei para você conferir com a gente. Se liga só:

1. Kotevi kei

Corresponde ao que chamamos de “old school”. Normalmente, é representado pelas bandas de meados dos anos 90, com estilo bem extravagante de roupas e cabelo. Nesse sentido, é comum cada integrante da banda ter uma cor de cabelo diferente.

No começo, o estilo classificava o X Japan, mas atualmente representa os visuais antigos de bandas como Luna Sea, Kuroyume e Dir en Grey.

Assim, o kotevi kei pode ser dividido em kuro kei e shiro kei, sendo que o primeiro possuía um som mais pesado, agressivo e obscuro, enquanto o segundo seguia uma linha mais melodiosa.

2. Kurofuku kei

De acordo com o nome, é um estilo cuja base é formada pelas roupas com elementos pretos. Assim, refere-se às bandas do final da década de 1980 e primeira metade dos anos 90, com um estilo mais obscuro, com referência ao gótico.

Embora a quantidade de maquiagem fosse pouca, ela devia deixar a imagem mais obscura, com estilo mais “morto”. Exemplos de artistas dessa vertente são JILS, Jealkb e MERRY. 

3. Angura kei

Primeiramente, o termo vem de “underground kei“, na pronúncia errônea dos japoneses. Assim, são bandas com alta influência da própria cultura do Japão, principalmente a tradicional, e que costumam adotar visuais mais simples, geralmente com roupas típicas japonesas. Por exemplo, um quimono ou um uniforme escolar, com maquiagem preta e branca.

Aqui, o objetivo dessas bandas é criar algo o mais japonês possível, a exemplo da banda Kagrra. O estilo tem sua origem no movimento cultural dos anos 60, o angura, que foi primeiramente aplicado ao teatro e à pintura e, por fim, à música.

4. Oshare kei 

A princípio, o oshare kei contém estilo com visual mais colorido, de aspecto infantil. Assim, as roupas possuem mais detalhes e acessórios, além de um som mais alegre, porém não menos pesado.

O boom das bandas oshare foi entre os anos 2002 e 2004, quando a influência das bandas kotevi kei começou a diminuir. 

5. Koteosa kei ou neo visual kei

Assim como o nome já diz, é uma mistura de oshare e kotevi kei, que começou a se tornar popular a partir de 2005. Aqui, as bandas costumam adotar um visual mais estiloso, parecido com o que encontramos em Shinjuku ou Harajuku. 

Logo, é também nesse estilo que as músicas são bem pegajosas e mainstream, com batidas pesadas e voltadas para os shows. Normalmente, as bandas de koteosa kei colocam destaque no visual e na personalidade dos integrantes, e comandam os shows tanto com coreografia (furitsuke) quanto “bate-cabeça”. Nesse sentido, as principais representantes são An Cafe, SuG e Megamasso. 

6. Eroguro kei

Primeiramente, a palavra “eroguro” é a contração adaptada para o japonês do inglês “erotic and grotesque“. Logo, no EK a maquiagem é feita para deixar o músico com aparência mais agressiva, como cicatrizes falsas. Além disso, as roupas podem ser tanto trajes comuns, como camiseta ou terno, quanto algo um pouco mais elaborado. 

Bem como o movimento cultural eroguro nonsense, surgido no Japão por volta de 1920, o EK se inspira em seus elementos. Eles são baseados em horror chocante e imagens sexuais bizarras, com toques de humor negro.

7. Nagoya kei

Aqui, as músicas costumam ser mais tristes, obscuras e pesadas, com vocais uivantes e gritados. Nesse sentido, o estilo tem esse nome por se aplicar originalmente a bandas dessa localidade, como Laputa, Kuroyume, Merry Go Round e Rouage.

Atualmente, muitos fãs de J-rock se aplicam a qualquer banda com um visual mais dark que tenha essa inspiração. Os visuais são todos com cores mais escuras, mantendo a discrição.

Mais do que a estética que compõe o visual kei, o J-rock também se alimenta de outros elementos culturais. Dentre eles, estão roupas, revistas, capas de celulares e demais itens que movimentam o dia a dia dos fãs. 

Como são inúmeros grupos, é impossível classificar todas as vertentes do J-rock e visual kei. Mas pela nossa lista já dá para ter um panorama de como elas são incríveis, não é? 

Então, compartilhe este post com seus amigos e amigas e venha com a gente mergulhar no J-rock!