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Qual é a diferença entre captador ativo e passivo?

Não sabe qual captador escolher para a sua guitarra? Neste artigo, você aprende tudo sobre os captadores de guitarra e entende a diferença entre captação ativa e passiva!

O mundo das guitarras é impulsionado por uma série de engrenagens. Geralmente, as conversas entre guitarristas passam por temas como o calibre de cordas, os tipos de ponte e os modelos de instrumento, por exemplo. Hoje nosso papo vai circular por outro assunto super importante: os captadores de guitarra!

Guitarra com um captador humbucker e dois single coils
Entender o que é captador ativo e captador passivo é fundamental para alcançar a sonoridade desejada na guitarra(Foto: Reprodução/Freepik)

Com isso, ao final da leitura, você terá todas as informações necessárias para escolher o sistema de captação ideal para o seu timbre. Vamos nessa?

Tipos de captadores de guitarra

Na anatomia da guitarra elétrica, o sistema de captação é formado por dispositivos que captam as vibrações geradas pelas cordas e as convertem em sinais elétricos.

A maioria das guitarras é equipada com mais de um captador, além de um seletor, que permitirá selecionar qual deles será usado. Nesse contexto, os principais tipos de captadores de guitarra que fazem a mágica acontecer são: single coil e humbucker.

Single coil

É o mais simples dos captadores magnéticos de guitarra. Ele tem como característica principal produzir um som alto, limpo e com bastante brilho. Em contrapartida, tende a apresentar um maior ruído.

Humbucker

É composto por dois single coils, um do lado do outro, com polaridades invertidas. Dessa forma, os ruídos captados por um são eliminados pelo outro.

Quando comparados ao som dos dispositivos single coils, os captadores humbuckers produzem um som bem mais pesado.

Captador passivo

Os captadores de guitarra passivos foram os primeiros a serem feitos, sendo considerados os mais populares até hoje.

Assim, do jazz ao subgênero mais desconhecido do heavy metal, sempre há um sistema de captação passiva para “segurar as pontas”.

Geralmente, os captadores passivos vêm instalados de fábrica na maioria das guitarras, independentemente do modelo. Eles são constituídos por uma bobina de fio de cobre (e alguns de prata) e um ímã.

Apesar de ter uma arquitetura eletrônica simples, os materiais utilizados podem impactar nos timbres.

Nesse sentido, alguns detalhes são fundamentais para a construção de um captador passivo de boa qualidade. Por exemplo, o número de voltas dos fios de cobre na bobina, o tipo de imã e a quantidade de bobinas trabalhando.

Alterando qualquer um dos elementos dessa equação, o timbre tende a mudar. Por isso o catálogo das principais marcas de guitarra é tão extenso.

No que diz respeito à funcionalidade, o captador passivo envia diretamente o sinal das cordas para o amplificador.

Esse tipo de captação tende a preservar um pouco mais a vibração da corda, deixando o timbre um pouco mais orgânico.

Nesse contexto, muitos guitarristas preferem esse tipo de captação por entenderem que o som é mais “maleável”. Ou seja, uma simples mexida no botão de volume, por exemplo, pode modificar o timbre geral.

Desvantagens do captador passivo

As duas maiores reclamações acerca dos captadores de guitarra passivos são:


Para ter um captador com um ganho maior, é necessário mais voltas de fio na bobina. O problema é que isso resulta em uma resposta de frequência um pouco mais fechada, isto é, o som é mais grave.

Isso porque, quando se usa menos fio na bobina, o equilíbrio das frequências melhora e o ganho perde qualidade.

Para resolver a questão dos ruídos, muitos guitarristas optam por adaptações nos captadores. A intenção é blindar o instrumento e, por consequência, tentar diminuir o zumbido.

O melhor jeito de fazer isso é dar uma regulada nos aterramentos ou até mesmo substituí-los por alguma versão que apresente um nível menor de barulho indesejado.

Contudo, para fazer esse tipo de blindagem, sempre leve sua guitarra a um luthier de confiança.


Captador ativo

Um captador ativo é alimentado por uma bateria de 9V, que é armazenada na guitarra, permitindo assim maior saída e um melhor equilíbrio das frequências.

Os materiais usados vão de acordo com os propósitos de cada fabricante. O clássico projeto da EMG 81, por exemplo, usa um ímã cerâmico para fornecer sons mais agressivos.

Os captadores ativos são projetados com ímãs mais fracos. Além de permitir que a corda vibre por muito mais tempo, isso possibilita um pouco mais de sustain na guitarra.

Outra grande vantagem desse sistema de captação é o baixo nível de ruído, devido à sua construção e ao seu pré-amplificador.

Logo, os captadores de guitarra ativos entregam timbres mais vigorosos e consistentes, sem comprometer a qualidade.

Esse tipo de captação é geralmente usado por guitarristas que buscam um som mais visceral – alô, galera do metal!

Desvantagens do captador ativo

O principal ponto negativo do captador ativo é a necessidade de troca da bateria, em razão de sua vida útil.

Assim, quando ela perde as forças, o som fica sem potência e pode até chegar a ficar mudo.

Além disso, sem um pré-amplificador, esse sistema de captação é inutilizável.

Curtiu conhecer todas as diferenças entre captador ativo e passivo? É muito importante dominar os tipos de sistemas de captação, pois todo conhecimento adquirido é válido para ampliar os horizontes e aumentar as possibilidades sonoras na guitarra. Da mesma forma, é fundamental que você conheça e domine os tipos de pontes, por exemplo.

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Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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