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Do The Voice ao estrelato: conheça a trajetória de Melanie Martinez

Ela é cantora, compositora, atriz, diretora, dançarina, maquiadora, fotógrafa e estilista. Do alto do frescor de seus 25 anos, essa polivalente personagem tem oito anos de carreira e trabalhos que simbolizam inovações no cenário da música pop mundial. Sim, estou falando de Melanie Martinez, uma artista que nada contra as famigeradas tendências da indústria.

Melanie Martinez, durante a divulgação do disco K 12

Melanie Martinez, uma artista que realmente domina seus conceitos estéticos (Foto/Internet)

No post de hoje, você conhece um pouco sobre o trabalho de Melanie. Com seus cabelos bicolores, essa americana tão talentosa apareceu pro mundo em 2012, quando escreveu uma brilhante participação no The Voice. De lá pra cá, ela não parou de produzir. Seus singles, álbuns e clipes são sinônimos de sofisticação e bom gosto. Ah! No decorrer da conversa, te aplico links para as cifras de alguns dos grandes sucessos da carreira dela 😉

Se ajeitem por aí, amigos e amigas, e aproveitem o nosso papo musical de hoje. Teremos vídeos, cifras e muito mais =)

Melanie Martinez no The Voice

Melanie Martinez participou da terceira temporada do The Voice, em 2012. Nas audições às cegas, ela apresentou uma versão em jazz de Toxic, de Britney Spears. A performance fez com que quatro dos três treinadores – Adam Levine, Blake Shelton e Cee Lo Green – virassem suas cadeiras! Bastante elogiada por Shelton e Green, sob a alegação de que ela é uma “artista autêntica”, Melanie fechou com Levine.

Em sua primeira rodada, Martinez enfrentou Caitlin Michele, sua colega de time. Ambas cantaram Lights, de Ellie Goulding. Apesar de alguns problemas nos ensaios, Melanie fez uma apresentação exemplar e complicou a escolha de Levine. No final das contas, saiu como vencedora. Na sequência, confrontou Sam James. Naquele duelo, ela apresentou uma versão simplificada de Bulletproof, de La Roux, enquanto James cantou Walking in Memphis, de Marc Cohn. Segundo a treinadora Christina Aguilera, o canto de Martinez faz o público viajar para um “mundo especial”.

Em sua primeira rodada ao vivo, ela interpretou Hit the Road Jack, de Ray Charles. O público decidiu manter Amanda Brown e Bryan Keith na equipe, mas Adam salvou Melanie na votação. Em 12 de novembro, 12 competidores buscavam vagas para a segunda rodada ao vivo. Martinez cantou Cough Syrup, do Young The Giant. A performance caiu nas graças de Aguilera.

Melanie Martinez toca violão, durante sua passagem pelo The Voice

Quando brilhou no The Voice, Melanie Martinez tinha 16 anos(Foto/Internet)

Em 19 de novembro, 10 pessoas concorriam e Melanie apresentou Seven Nation Army, do The White Stripes. Na semana seguinte, ela interpretou Too Close. Ambas performances entraram no Top 10 da iTunes Store. Quando restavam seis candidatos, Martinez cantou The Show, de Lenka, por escolha de Levine. Logo depois, cantou Crazy, de Gnarls Barkley, por sua escolha, e foi eliminada. O The Voice acabou para ela ali, mas Melanie se viu pronta para alçar voos mais altos.

Qual o estilo musical de Melanie Martinez?

Fã de Beatles, Kimbra, Zooey Deschanel, Regina Spektor, Lana Del Rey, entre outros astros, Melanie Martinez faz um som cheio de temperos. Sem limitar em um único estilo, o pop que ela propõe transita entre a música alternativa, electropop, emo e indie folk.

Em entrevista, a cantora descreveu os gêneros musicais de seu primeiro EP, intitulado Dollhouse, como “ritmos pesados [e] inspirados pelo hip hop/trap com sons infantis [feitos com], por exemplo, pianos para bebês, caixas de música e brinquedos”. O trabalho incluiu canções pops bastante densas e obscuras.

Capa do single Dollhouse, sucesso de Melanie Martinez

Dollhouse mostrou lados densos e obscuros de Melanie Martinez (Foto/Internet)

O melhor a se fazer é não tentar classificar o estilo musical dela. Inquieta e inventiva por natureza, como todo artista que chega para ficar, essa jovem força da natureza tem talento e autoconfiança suficiente para fazer o tipo de música que quiser. Os mais de 8,5 milhões de seguidores que Melanie Martinez tem no Instagram, por exemplo, representam uma boa parte da galera que aprova as mil e uma estéticas de seu trabalho.

Os álbuns de Melanie Martinez

Melanie Martinez é sinônimo de “trabalho”. Depois que saiu do The Voice, em 2012, a artista já lançou quatro EPs e dois álbuns. Das capas aos clipes, as obras da cantora são verdadeiros exemplos de como trabalhar propostas estéticas no audiovisual. A seguir, vamos conferir um pouco sobre cada disco.

Dollhouse

Lançado em maio de 2014, via Atlantic Records, Dollhouse é o EP de estreia de Melanie Martinez. Nesse trabalho, as canções são emolduradas por sonoridades trabalhadas no indie pop e o hip hop alternativo.

A música Dollhouse, primeiro single do EP, fala sobre uma menina que tem uma família que é aparentemente perfeita, embora tenha problemas em casa e “esqueletos no armário”. O clipe ilustra o contexto lírico da faixa, incluindo as traições cometidas pelo pai da protagonista.

A outra faixa de trabalho foi Carousel. Na letra, Martinez canta sobre amor não correspondido. A canção teve mais notoriedade por fazer parte da trilha de um teaser da série American Horror Story: Freak Show.

Cry Baby

Em agosto de 2015, também pela Atlantic Records, a artista lançou o disco Cry Baby. Com uma pegada mais conceitual, o disco fala sobre a vida de Cry Baby, uma personagem descrita por sua criadora, a própria Martinez, como um ser “vulnerável, inseguro e muito emocional no início da história. Mas já que experimenta coisas diferentes, ela começa a crescer como pessoa e aprender com suas experiências”.

As letras abordam críticas sociais, relacionamentos e convivência. As músicas Pity Party, Soap e Sippi Cup foram os singles desse disco. O destaque comercial ficou com Pity Park, que chegou a vender 500 mil cópias nos Estados Unidos.

Pity Party

Lançado em 2016, esse EP é uma espécie de versão internacional do anterior, Dollhouse, já que apenas a América do Norte tinha recebido o lançamento. O tralho foi exclusivamente lançado na iTunes Store. As duas diferenças entre esses produtos são:

  • Pity Party substituindo Carousel
  • Dollhouse se tornando a segunda faixa

O motivo é provavelmente devido a Dead To Me e Bittersweet Tragedy não estarem disponíveis no iTunes no Reino Unido e outros lugares.

Cry Baby’s Extra Clutter

Também lançado em 2016, o EP Cry Baby’s Extra Clutter contém as músicas que foram lançadas durante a era Cry Baby, mas não estavam na versão padrão do álbum. Disponível apenas em formato de vinil e é um exclusivo da Urban Outfitters.

K-12

K-12 é o segundo álbum de estúdio de Martinez. Foi lançado com um filme de acompanhamento, em 6 de setembro de 2019, via Atlantic Records. Em entrevista ao G1, a cantora revelou que “o material era sobre se curar através da música”.

Melanie Martinez em frente a um ônibus em um dos clipes do EP K-12

O álbum K-12 é o trabalho mais visual da carreira de Melanie Martinez (Foto/Internet)

Todo trabalhado no conceito de refletir os signos desta era, o disco é bastante visual. Todas as faixas, inclusive, ganharam clipes que provocam experiências sensoriais em quem os assiste.

A seguir, você confere uma playlist com todos os videoclipes do álbum K-12:

After School

O terceiro EP de Melanie Martinez foi lançado em setembro de 2020. Intitulado After School, o trabalho tem 7 faixas. Do ponto de vista artístico, essa obra mostra uma Melanie mais madura, irreverente e esteticamente surreal.

Capa do EP After School, de Melanie Martinez

Em setembro de 2020, Melanie Martinez lançou o terceiro EP da carreira (Foto/Internet)

Com suas tradicionais investidas em sons minimalistas, a artista transborda dream pop e do industrial pop. Essa bem arquitetada moldura sonora dá o suporte necessário para que ela possa emergir a sensualidade de uma poderosa mulher que vive o auge dos seus 25 anos.

O primeiro single do disco é The Bakery. 100% autobiográfica, a letra dessa música fala dos tempos em que Melanie trabalhava no ramo da confeitaria. “É uma música sobre trabalhar sem entusiasmo, em uma padaria, porque eu precisava ganhar dinheiro para investir em minha arte e minha música.

O videoclipe segue a mesma toada mostrada em outros projetos da artista, ou seja, elementos infantis, animais de pelúcias e todo o cenário lúdico. A diferença, no entanto, é que nesta produção ela está bem mais ousada – em todos os sentidos.

Curtiu esse passeio pela carreira da dona do hit Play Date? Conto com seu help para espalhar esse som por aí 😉 Basta compartilhar o link deste post nas suas redes sociais e grupos de WhatsApp, sempre marcando a galera que curte música inovadora e empoderada!

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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