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Como tocar as melhores músicas dos Rolling Stones?

Hoje é dia de aprender a tocar as melhores músicas dos Rolling Stones! Preparamos dicas especiais para você encarnar, sozinho no seu violão, o espírito desses mestres do rock’n’roll.

Rolling Stones se apresentando em show
Estamos falando de uma das maiores bandas de todos os tempos! (Foto/Reprodução/Internet)

Considerando apenas os acordes, você vai aprender a tocar os grandes hits dos Stones bem rápido. Porém, para interpretar hinos de seis décadas de sucesso, é preciso algo mais. E é justamente por isso que estamos aqui, para tornar a sua interpretação fantástica!

A maioria dos discos dos Stones foi gravada de forma bem espontânea e despojada. Nos shows, são poucas coisas que eles repetem como foi feito no estúdio. Portanto, não se apegue muito a executar com precisão pequenas frases, acentos e pontes dentro das músicas.

Aprenda Rolling Stones em violão e voz

Quando se trata de Mick Jagger, Keith Richards e cia, é o feeling que faz toda a diferença! Então, preencha sua performance de sentimento e siga nossas dicas. Selecionamos alguns dos sucessos stonianos que mais combinam com o formato voz e violão. Confira e inspire-se para tocar as melhores músicas dos Rolling Stones!

Satisfaction

O “riff dos riffs” é simples de tocar, o que mostra que clássico não é sinônimo de virtuosismo! As notas do tema central de (I cant get no) Satisfaction são: B, C# e D.

Você consegue fazer as notas do baixo junto com o riff também! Quer tentar? É só tocar a corda Mizona (E, 6ª corda solta) junto com o B e o C#; depois, ao tocar o D, na 5ª casa, pressione junto a nota A, na mesma casa, apenas na corda acima. 

Durante os versos, o groove rock comanda o ritmo. Os acordes são E, A e E7. Fácil, mas pede feeling!

Let’s Spend The Night Together

Essa delícia de rock’n’roll é estruturada no piano, mas cabe bem no violão também! Se você começar com o acorde de D na 5ª casa, usando pestana, é possível fazer, ao mesmo tempo, o tema de Let Spend The Night Together.

Basta acentuar o A na mizinha (1ª corda, 5ª casa) e, depois, na mesma corda, puxar as notas B (7ª casa) e C (8ª casa). Para funcionar, o ideal é manter o ritmo bem intenso, batendo uma nota a cada tempo, sem parar! Além do D, os acordes presentes na faixa são G, Bm, C, B7

Paint It, Black

A sinuosa melodia que cruza essa canção psicodélica não é nada difícil de se fazer. Aliás, é possível tocar todo o tema de Paint It, Black na segunda corda. Vai ficar até parecendo uma cítara elétrica!

A música precisa de capotraste na 3ª casa, o que facilita as coisas. Em primeiro lugar, porque evita muitas pestanas, deixando a harmonia quase toda com acordes simples. Além disso, esse timbre agudo e mais cordas soltas permitem essa batida tão envolvente.

Basta alternar a batida para baixo na nota grave do acorde e a batida para cima no restante da harmonia. No refrão, lembre-se de atacar os primeiros acordes (Dm e C), trazendo um impacto para a dinâmica da canção.

Sympathy For The Devil

Quem já viu o documentário dirigido pelo cineasta francês Jean Luc Godard sobre essa música, percebeu a jornada de construção de Sympathy For The Devil. Os acordes são: E, D e A.

Você pode tocar as notas soltas no 1º tempo de cada compasso e deixar soar. Em seguida, aumente o ritmo, reproduzindo a batida feita pela cozinha da banda (baixo e bateria). 

No refrão, é preciso bastante intensidade nos acordes B e E. Um ponto bem legal desse clássico é o solo, pois é simples e com uma melodia cheia de feeling, calcada no blues. Se estiver em uma banda, vale a pena pegar nota por nota! Aí é só chamar o coro para o inesquecível “Uh-uh”!

Jumpin’ Jack Flash

O começo de Jumpin’ Jack Flash tem um troca de acordes interessantes, ancorada naquela puxada no B, bem característica de Keith Richards. Com isso, o riff hipnotizante que carrega uma das melhores músicas dos Rolling Stones é baseado nos acordes B, E e A. O tema da música também dita o ritmo, um groove venenoso, que é a assinatura dos Stones.

Preste atenção no tempo! Esses riffs que guiam o ritmo da canção devem ser bem precisos no andamento. No refrão, a cadência cai um pouco e você pode deixar os acordes soarem mais. Deixe um espaço para melodias no D (F# – E – D) e no A (C# – B – A), em contraponto ao canto.

Gimme Shelter

São apenas três acordes para tocar Gimme Shelter: C#m, B e A. No entanto, todos são tocados com malemolência e malandragem que só quem é discípulo de Keith Richards consegue aplicar. Confira, na tablatura da música, as melodias que permeiam as estrofes desse cântico apocalíptico.

O ideal é começar delicadamente e ir aumentando a intensidade da pegada aos poucos. No meio do caminho, você já vai estar surfando no mais autêntico rock’n’roll stoniano.

Durante as estrofes e o refrão, os desenhos dos acordes se aproximam do power chord. Portanto, não será preciso explorar tanto as cordas agudas.

Wild horses

Feita no violão, Wild Horses pede poucas pestanas, mas acordes abertos e cordas soltas. Na verdade, dos shapes da faixa, apenas o Bm emprega pestana.

A batida solta, alternando palhetada para cima e para baixo, dá espaço para improvisos entre os acordes. Procure brincar com os dedos indicador e anelar, fazendo 2ª e 6ª nas escalas harmônicas.

Nessa linda balada, o violão é uma confortável cama que sustenta o canto de uma triste história.

Angie

Angie combina demais com violão, não acha? Principalmente com cordas de aço tocadas com palheta. A mão rítmica é no padrão baladas: notas graves na cabeça do compasso e a harmonia nos tempos 2, 3 e 4, alternando toques para cima e para baixo.

Seria lindo você reproduzir aquele belo começo! Dê uma conferida no trecho: é uma combinação de sétimas, no Am e no E, além de um dedilhado nos acordes G, F e C. Capriche na dinâmica nos versos, para valorizar o vocal e fazer jus à beleza dessa canção.

Miss You

Inspirado na disco music, gênero mais famoso do final dos anos 70, Miss You pede cordas estaladas, bem nas regiões média e aguda. Para reproduzir essa insinuante batida em um violão, recomendamos puxar cada acorde no contratempo, mas só nos tempos 1 e 4 (senão, vira um reggae).

Na gravação de estúdio, as guitarras são bem soltas. Então, entre as batidas que cravam o ritmo, vale imprimir a criatividade com pequenos licks e improvisos nos acordes. Não se esqueça de aumentar a dinâmica na parte especial: “Everybody waits so long“!

Start Me Up

O grande hit dos anos 80 da banda é uma mostra de como os Stones transformaram o blues em algo universal. A afinação de Start Me Up é em G aberto (open G: D – B – G – D – G – D). Assim, simples pestanas formam acordes inteiros, oferecendo uma movimentação rítmica bem interessante para o instrumento.

Você pode manter o riff enquanto canta, pois ele já tem um groove. No refrão, é importante fazer o ritmo mais cravado. Claro, puxando o tempo 1 um pouquinho antes da hora, como num swing de R&B.

Curtiu o artigo? Então, compartilhe essas dicas de como tocar as melhores músicas dos Rolling Stones e continue semeando um legado indestrutível. Agora, é só se juntar aos amigos e se divertir! A gente sabe, “it’s only rock n’ roll“, mas a gente gosta – e muito!

Foto de Geraldo Paim

Geraldo Paim

Jornalista e produtor de conteúdo. Fissurado em música e ligado em artes, história e crítica cultural. Cantor e compositor, além de tocar violão, guitarra, piano e baixo.

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