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Rap brasileiro: 7 artistas para conhecer a nova cena

O novo rap brasileiro furou a bolha do underground e está entre os gêneros em alta nas plataformas de streaming. O rapper Xamã, por exemplo, chegou recentemente à incrível marca de 54 milhões de plays em seu catálogo no Spotify.

A princípio, talvez esse hype se explique pelo fato de que os novos artistas têm atualizado a linguagem desse gênero musical, tornando-a mais ampla para conversar com um público maior.

Hungria Hip Hop coloca Brasília no cenário do rap brasileiro
O brasiliense Hungria Hip Hop é uma potência do chamado novo rap brasileiro (Foto/Divulgação)

O rap no Brasil começa a ser importado nos idos da década de 1980, e a tônica desse tipo de som sempre foram lutas políticas de cunho racial e social. Para ilustrar essa verve do rap de protesto, temos o legado de artistas como Racionais MC’s, Sabotage, MV Bill, Xis, Speed e tantos outros.

Mas não é que a galera que rima hoje em dia não faça o seu corre pelo social. Aliás, as pautas defendidas se ampliam na medida em que mulheres, a galera LGBTQ+ e outros grupos passam a encontrar expressão e lugar de fala no rap.

O novo rap brasileiro parece já ter incorporado sem culpa outros horizontes temáticos, incluindo o romantismo e a poesia mais leve. De maneira análoga, no aspecto da produção, busca-se cada vez mais o som que se aproxima das tendências do mercado fonográfico. Para isso, beatmakers e produtores musicais apostam na fórmula do rap acústico e do trap.

Não tem jeito, manos e minas, está tudo tomado! O rap está nas pistas de dança, nas batalhas de rimas e nos grandes festivais de música pop, tudo isso sem ter deixado de ser a voz da favela!

Enfim, caso ainda não esteja ligado nesse fenômeno, preparamos uma lista com 7 nomes para você conhecer o novo rap brasileiro. Segue o bonde!

Aviso aos navegantes!

Antes de mais nada, é preciso lembrar que nesta lista não caberão todos da nova geração que merecem reconhecimento. Por isso fizemos apenas um recorte, procurando incluir rappers de diferentes regiões do país para termos uma perspectiva um pouco mais ampla sobre a cena.

Outra preocupação aqui foi dar enfoque em artistas que estouraram para o grande público incorporando essa nova estética mais pop e romântica, por outro lado, não pudemos deixar de falar também de rappers que mantêm um discurso mais contundente e um som mais pesado.

Combinado? Então, segue o bonde!

1Kilo — a potência coletiva do novo rap brasileiro

1Kilo é um coletivo de rap que mirou longe. Fundado por instrumentistas, MCs e produtores musicais, o bonde segue fazendo feats com grandes nomes da música brasileira e cravando hit atrás de hit nas paradas.

Além de acumular funções como banda e selo independente, essa galera acertou na fórmula de misturar flows intrincados e violões cadenciados com beats de trap e hip hop. Tudo isso com um background de uma instrumentação mais pop, com baixo, guitarras e percussão.

Por consequência dessa inovação, tiveram um sucesso acima da média em tracks como Deixe-me Ir, por exemplo. Esse single lhes deu a certificação de Diamante Triplo pelos 450 milhões de plays que gerou nas plataformas digitais de streaming. 

Preparamos uma videoaula completa dessa canção, com os dedilhados e solos para você tocar igualzinho e impressionar a galera!

Oriente — flow acústico para embalar luais

Entre aqueles que se aventuraram pelo rap acústico, precisamos dar destaque à banda Oriente. Formado em 2009, o grupo assinou com a Sony Music em 2017 e é um dos principais representantes do rap no mainstream da música brasileira.

Com centenas de milhões de views no YouTube, o trio composto pelos MCs Chino e Nissin e pelo violonista Nobru conquistou o grande público com a love song Linda, Louca e Mimada.

Você pode aprender a tocar esse hit acessando a nossa videoaula exclusiva. Um iniciante com alguma experiência (e que já consiga montar acordes com pestanas) dará conta do recado fácil. Confira:

Hungria Hip Hop – ampliando as fronteiras do novo rap brasileiro

O rapper Gustavo da Hungria Neves ficou famoso como Hungria Hip Hop, e cantando rimas sobre superação na perspectiva do jovem suburbano da Ceilândia.

Nessa pegada, o artista já soma mais de 1 bilhão de visualizações em seu canal oficial no YouTube, suas músicas têm ampla execução nas rádios e já somam milhões de plays em plataformas de streaming como Deezer e Spotify.

Além disso, o cara coleciona parcerias de sucesso com gente de todos os nichos da música: de Lucas Lucco a Mano Brown. Confira a ficha completa desse artista que figura entre os maiores sucessos do novo rap brasileiro.

Aproveite também e dê o play no belíssimo clipe da nova Amor e Fé:

Djonga – uma voz contundente no rap contra o racismo

O Djonga é cria de Belo Horizonte, das batalhas de MCs no Viaduto Santa Tereza e do extinto coletivo musical DV Tribo. De 2015 para cá, o cara já lançou 4 discos cheios, 1 EP e dezenas de singles. Além disso, coleciona feats hypados com quase todo mundo da cena.

Djonga é uma das forças do novo rap brasileiro
Com sua poesia ácida, o mineiro Djonga resgata o discurso de protesto no novo rap brasileiro (Foto/Divulgação)

Mas vamos ao que realmente interessa: o som do Djonga é rap cru, é predominantemente o flow dele e os beats do produtor Coyote Beatz. Sua poesia é política, visceral e combativa, sobretudo no tocante à luta antirracista. Enfim… o mano representa! Não faltam razões para ouvir Djonga!

Cynthia Luz e Froid – a harmonia entre o flow e o canto

Froid já é figurinha carimbada na cena Hip Hop brasiliense desde 2012, ano em que fundou com seus companheiros Sampa e Yank o grupo Um Barril de Rap.

Sarcástico e provocativo, o rapper pôs na praça seu primeiro disco solo em 2017, ironicamente intitulado “O pior disco do ano”. Com esse trabalho o poeta se consolida como um dos grandes nomes do novo rap brasileiro e inicia sua parceria de sucesso com a cantora Cynthia Luz. Foi dessa colab que surgiu o hit Deixa Ela.

Você pode aprender a tocar essa música no Cifra Club. A execução é bem simples, com apenas 4 acordes e um padrão de palhetadas igualmente descomplicado. Confira abaixo a videoaula:

Pineapple Poesia acústica – o novo rap brasileiro tem violão

A Pineapple surgiu em 2015 e, a princípio, era uma loja de roupas voltada para a cultura Hip Hop. Entretanto, os idealizadores do projeto resolveram fazer muito mais pela cena: logo estavam promovendo cyphers icônicas e criando a Brainstorm Estúdio, produtora audiovisual responsável pelo canal Pineapple Storm TV, no YouTube.

Dessa iniciativa surgiram vários projetos de sucesso como, por exemplo, o Poesia Acústica. O hype dessa série de vídeos foi tamanho que rendeu uma mega turnê com 150 apresentações pelo Brasil em 2018.

Para você curtir um pouco mais desse fenômeno do rap acústico, preparamos uma videoaula da canção Era uma vez. A execução da música não é muito complicada, iniciantes com alguma experiência provavelmente vencerão o desafio, afinal são apenas 4 acordes e dois padrões rítmicos bem simples. Confira abaixo:

Choice – talento jovem nas rimas e canções

João Marcelo Choice é outro fenômeno jovem da cena. Cria das batalhas de MC’s do Rio, o mano ganhou notoriedade com sua participação no mega hit Capricorniana, no canal da Pineapple Storm.

Com quase 300 milhões de views, a faixa alavancou a carreira do rapper, que emplacou também a excelente Buzz Lightyear, love song em parceria com a cantora Azzy.

Abaixo, você confere a videoaula desse hit. São três acordes básicos que te ajudarão a representar nas rodinhas de violão! Só vem:

Descubra novos rappers da cena independente

A maioria dos artistas citados aqui começou em pequenos selos, fazendo corres de shows com cachês mínimos e divulgando o trabalho de forma independente na internet.

Se você gosta de rap e quer cada vez mais brotarem talentos do rap nacional, e mais, ajudar novos talentos a serem alavancados para os grandes palcos, conheça a cena hip-hop no Palco MP3 – site parceiro do Cifra Club.

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