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Tudo o que você precisa saber sobre a técnica pizzicato

Fala, amante dos graves! Sem papas na língua: todo baixista que se preze deve dominar a técnica pizzicato, simplesmente porque é o modo mais comum e tradicional de se tocar o instrumento. Ponto final. 

Homem tocando baixo
Dominar a técnica pizzicato é um princípio básico para quem busca sucesso nas quatro cordas (Foto/Pexels)

Para te ajudar nesse desafio, trazemos aqui um pouco da história dessa maravilhosa técnica e dicas preciosas para quem busca desenvolver e fortalecer o pizzicato no contrabaixo. Você não vai ficar fora dessa, não é mesmo? Então, venha com a gente! 

O que é a técnica pizzicato?

Primeiramente, é importante deixar claro que estamos falando da técnica de baixo mais básica e essencial de todas. O pizzicato, que, em italiano, significa “beliscar”, consiste em tocar as cordas com os dedos indicador e médio de maneira alternada. Simples, né? 

O recurso surgiu quando os músicos clássicos, em vez de tocarem seus instrumentos com o arco, que era a maneira padrão, começaram a utilizar os próprios dedos. Como resultado disso, surgiu uma nova abordagem, que logo se popularizou em função da praticidade e do som diferenciado. 

Na década de 1950, quando Leo Fender inventou o baixo elétrico, o pizzicato se tornou a principal maneira de tocar o instrumento. Legal demais!

Como fazer a técnica pizzicato no baixo?

Se você está ansioso para começar a treinar o pizzicato no seu baixo, confira o nosso passo a passo simples e objetivo. 

  • Apoie seu antebraço no corpo do contrabaixo;
  • Abaixe a mão até as cordas e deixe os dedos esticados e relaxados;
  • Toque a corda sol solta com a ponta dos dedos indicador e médio de forma intercalada;
  • Não puxe a corda, apenas raspe a ponta dos dedos com força mediana. 

A postura correta é muito importante para executar e fortalecer o pizzicato no contrabaixo, portanto não desmereça as etapas acima, beleza? Para facilitar a visualização do movimento, assista à nossa videoaula a seguir:

Como melhorar o pizzicato no baixo?

Viu como é fácil executar a técnica pizzicato? O grande desafio é aplicar a força correta para que o som seja limpo e bem definido, além de manter um andamento sempre constante. 

Para treinar o pizzicato no baixo e evoluir na técnica, confira os nossos exercícios abaixo. 

Comece com as cordas abafadas

Antes de mais nada, é preciso assimilar e treinar o movimento da mão direita (no caso dos destros). Para que você não se atrapalhe e foque apenas os dedos que tocam as cordas, abafe o som com a mão esquerda

Para isso, basta esticar os dedos e encostá-los levemente nas cordas. Não precisa apertar, ok? Apenas encoste para matar o som. Pronto, o som está abafado, então agora você pode se concentrar única e exclusivamente na técnica pizzicato com a mão direita.

Você vai tocar cada corda duas vezes, uma com o dedo indicador e outra com o médio. Comece pela corda sol, a mais fina, e vá passando para a próxima até chegar à mais grave (mi).

Em seguida, faça no sentido contrário. Ou seja, comece pela corda mais grave, indo até a mais aguda, sempre tocando cada corda duas vezes e intercalando os dedos indicador e médio, fechado?

Faça o pizzicato com as cordas soltas

Uma vez que você tenha assimilado o movimento, agora é hora de soltar as cordas. Ou seja, execute o mesmo exercício, mas sem abafar o som. Basta tirar a mão esquerda de cima das cordas.

Primeiramente, suba corda por corda e, logo depois, faça o sentido contrário.

Toque três vezes cada corda

Para complicar um pouquinho e te fazer evoluir, agora é a hora de realizar o primeiro exercício novamente, mas tocando cada corda três vezes ao invés de duas.

Dessa forma, você vai sempre tocar a corda com um dedo diferente da anterior, buscando a independência de movimentos. 

Aplique a técnica em escalas

Se você praticou direitinho até aqui, já está fluente no movimento básico da técnica pizzicato. Então, é a hora de executar escalas com a alternância de dedos.

É interessante escolher um shape da pentatônica e também um da escala maior. Assim, você tocará cada corda duas ou três vezes, dependendo do desenho a ser digitado.

Suba e desça as escalas, sempre mantendo o andamento constante e o som o mais limpo e definido possível. Dessa forma, você treinará a sincronia entre as duas mãos com um exercício mais musical do que os anteriores. 

Tire músicas conhecidas

Beleza, está na hora de aplicar tudo o que você aprendeu nas suas canções preferidas! Escolha uma música que possui uma linha de baixo fácil, acompanhe a tablatura no Cifra Club e tire nota por nota.

Comece tocando bem devagar e aumente o andamento conforme for evoluindo, até conseguir tocar junto à música original.

Como sugestão, deixamos aqui a videoaula do hit Beat It, do Michael Jackson, que tem uma linha de baixo clássica e muito gostosa de executar:

Dicas extras para fortalecer o pizzicato no contrabaixo

Além dos conselhos prévios e básicos para fortalecer a técnica pizzicato, separamos mais algumas diquinhas para te ajudar ainda mais. Se liga só:

Estude sempre com o metrônomo

O metrônomo deve ser o amigo do músico, não o inimigo. E o que você faz com seus amigos? Passa tempo com eles! Portanto, o mesmo deve ocorrer com o metrônomo. 

Quando estamos falando da técnica pizzicato no baixo, conseguir manter o andamento é de suma importância. Afinal, um baixo sem constância pode prejudicar a banda inteira. Dessa forma, sempre treine com o metrônomo, ok? Você pode baixar o app do metrônomo do Cifra Club no seu celular. 

Ao fazer um exercício ou tirar uma música, comece com andamentos lentos e suba os BPMs gradativamente. Assim, você tem a certeza de que está executando a técnica de forma limpa e bem definida.

Toque acompanhando a bateria

Outra dica para fortalecer o pizzicato no contrabaixo é tocar acompanhado de uma bateria. Pode ser um baterista real ou um instrumento virtual, tanto faz.

O importante é que você “case” o som dos dois intrumentos, virando uma coisa só. Ou seja, vocês devem pulsar juntos. Fique atento às dinâmicas de bumbo e procure acompanhar no baixo.

Grave-se

Por fim, grave a si mesmo. De novo, não importa se é fazendo um exercício ou tocando uma música – é fundamental ter esse registro para analisar o que pode ser melhorado. 

Quando estamos tocando, acabamos nos preocupando mais em executar os movimentos do que em analisar a sonoridade final. Ao escutar a gravação, você poderá perceber com clareza falhas como inconstância de andamento, notas mastigadas e ausência de pegada. 

Torne-se um aluno do Cifra Club Academy!

E aí, curtiu o nosso artigo sobre a técnica pizzicato no baixo elétrico? Esperamos que sim!

Por fim, aqui vai uma dica final quentíssima para você se tornar um baixista completo: o Cifra Club Academy, a nossa plataforma de cursos online, conta com professores renomados e uma abordagem de ensino prática e comprovada, além de um valor bastante acessível.

Em outras palavras, sendo um aluno nosso, você vai evoluir de forma rápida e gradual, sem lacunas de conhecimento. Para completar, você ainda pode fazer as aulas quando e onde quiser. Bacana, hein? Então, não perca tempo e venha estudar com a gente! 

Um abraço, amante das quatro cordas! Até a próxima.

Foto de Fernando Paul

Fernando Paul

Jornalista musical, com mais de 10 anos de experiência na área. Toca guitarra, violão e baixo, além de estudar mixagem de áudio. Já acompanhou cantores, tocou em casamentos e integrou bandas de rock e grupos de louvor. Escreve para o Cifra Club desde novembro de 2021.

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