Sou minhoca da terra! Caranguejo do mangue! Eu sou o único bicho... Que ouve o som do seu sangue! Era um filhote de nada, Mistura de nada Com coisa nenhuma. Bicho nascido, escarrado, Metido a coitado. Um punhado de pluma! Leve e levando de tudo. Mistérios do mundo Com jeito de herói. Fera mordida, engolida, Ferida e na vida... Um destino que dói! (refrão) Sigo um filhote do nada Misturando tudo Com coisa nenhuma. Raça sem graça, sem massa. Tocando na praça E esperando que alguma Alma penada se toque. Que ache um caminho. Que nele se arranje Pra, no juízo final, Escutar o sinal Que vem do próprio sangue! (refrão)