Atiças o vento da tua vontade E subitamente sorris Da força do vento navegas o mundo Com velas tecidas a giz Percorres o corpo de lés a lés Do cimo da alma à ponta dos pés Descobres à solta um mar mais intenso Mais forte que o cheiro do incenso Se é fraca a barcagem de canas e sonho Mais forte é a coragem de ponho Guardada em garrafas de vidro P'ra se for ao fundo Livrá-la do perigo Descubro uma ilha Que não vem nas cartas A uma milha do amor e duas de casa Encontro nativos De face rosada Que dizem: "Bem vindo à Terra do Nada!" Aqui nada temes Aqui ninguém ralha Aqui ninguém vive no fio da navalha Bem vindo à Terra do Nada Aqui nada temes Aqui ninguém ralha Aqui ninguém vive no fio da navalha Aqui simplesmente descobres-te a ti!