Rei do som e do silêncio
Que comanda folhas e flores
Rei do rio, rei dos mares
Rei do tempo e das ideias

Rei do sono e do despertar
De renúncia e de medo
Rei de fábulas e de loucura
Rei de tudo sou eu
Rei de nada sou eu

Rei do trovão e do suspiro
Que comanda rocha e areia
Rei do pranto e do sorriso
Da minha fragilidade

Rei da lama e das estrelas
De fadiga e de alívio
Rei do falso, rei do verdadeiro
Da minha fragilidade
Rei de tudo, rei de nada

Eu que quero ir com as pessoas
E, depois, encontro-me sozinho
Eu, rei de tudo, rei de nada
Eu que conheço a minha incapacidade
Mas queria fazer tudo
Eu, rei de tudo, rei de nada
Eu, com os meus castelos no ar
Rei de mim mesmo
Eu com os meus sonhos
Rei de esperança

Rei do som e do silêncio
Que comanda folhas e flores
Rei do rio, rei dos mares
Rei do tempo e das ideias

Rei do sono e do despertar
De renúncia e de medo
Rei de fábulas e de loucura
Da minha fragilidade
Rei de tudo, rei de nada