Quero morrer que nem vela até o fim aceso Nenhum sopro me apaga Nenhum vento espalha o frio do medo Escuridão quando vê luz sai de fino A cada passo dado eu por onde passo ilumino Mais veloz que luz eu nem som nem pensamento Mundo feroz não apaga a voz que acende o entendimento Manifesta e denuncia, aquece o que se esfria Em chama, acende quem ama Chama a noite de dia Destruo, mudo, ponho forma, reformo o deformado Transformo dúvida em certeza, escuro iluminado Se vivo ótimo, então é óbito pra o que é bom Cego vê nítido, o surdo ouve alto e bom som Recomeço qualquer fim, sim por meio dele Renovo em mim o velho, vivo ou morto, vivo nele Luz tira a máscara e a rasga a capa do herói vilão Racha sua armadura fraca e revela quem são Do cão, mundão, treva sega pra ninguém ver cruz O vento forte afunda barcos que navegam no mar sem Jesus Só audição, não tem visão pra quem tá no escuro Farol que ilumina, por que buzina só faz barulho Luz do mundo Voz pro mudo Som pro surdo Dom do tudo Mão limpa pra lavar pé sujo Eu nada sou mas posso tudo, nele Por mais cor no preto e branco da alma opaca Levanto amor derrubo a dor com remédio que sara Abro espaço e dou rumo certo a caminho errado Acesso rápido e qualquer velocidade ultrapasso O inconformado transforma, o revoltado deforma O transtornado transtorna, o confirmado conforma Muita torneira sem a água, lâmpada são apagadas Rastros de pés sem pagadas, mãos sujas não calejadas Quem rejeita claridade aceita a escuridão Frango nunca vai ser águia, céu não é sua habitação, não Filho não é movido a bateria nem pilha Acende quando entende bem o pai o rosto brilha Longe de luz o erro passa fácil por acerto Perto de luz revela o jaz do último ao primeiro Com luz nos olhos vejo bem quem é do bem e mal O verdadeiro e o falso, vejo cópia e o original O inimigo insiste em me chamar de irmão Melhor que um mentiroso sim pra mim é um verdadeiro não Andem os maus pra luz, por que os bons correm Meu desafio na terra é transformar moleque em homem, vamos Luz