Sou filho de índio nasci numa tribo Pó riso que eu digo sou índio também Meus pais são aqueles da pele bronzeada Da longa jornada que a vida tem. Não nego que sou um homem de raça Que vive da caça que tem no sertão Pra me livrar dos grandes perigos Levo comigo uma flecha na mão. Bebia da água de uma nascente No rio corrente que eu me banhava Na minha cabana de cipó cambira Na rede de embira então me deitava. E nos fins de tarde que a noite aparece Fazia uma prece para Deus tupã E no meu caminho uma estrela brilhou Para mim apontou uma novo amanhã. Então minha vida mudou de repente Deixei minha gente e vim pra cidade E foi tão difícil me acostumar Não mais pude encontrar a felicidade. Aprendi a cantar e a tocar a viola Que me serve agora de meu ganha pão Vejo também meus discos gravados Que estão espalhado por esta nação. E o meu prazer um enfeite de pena Sou muito fiel na minha tradição De um modo em geral agora agradeço Contente ofereço a minha canção Vejo meu sonho que foi realizado Me sinto honrado de um índio que sou Já posso dizer obrigado tupã Também para os fãs que me consagrou.