Da uma olhada nesse mundo em que vivemos Onde o capital dita a merda que seremos Sonhamos reprimidos com aquilo que não temos Nossa maior vitória é ver que ainda sobrevivemos A hipocrisia pinta essa cidade torta Onde em becos sujos te atacam pelas costas Parece até um filme, infelizmente é não Essas merda que acontece é pior que ficção Aqui gastam suor e o lucro é só pro sistema Que em troca da mentira, novela, e o Datena Na era digital, informativa e moderna Guerra civil não declarada fica fora da tela Deixando o ibope dirigido pro alto escalão Pra camuflar toda a chacina criada na nação Pelo empresário que esbanja do dólar, cotação Enquanto explora analfabeto na linha de produção Sistema podre, da privilégio pros errado E sobrenome, vale mais que ser honrado Não importa, se cê faz certo ou errado Tem mil manobras, para te manter escravizado É triste e comovente quando um rico é assaltado Geral se manifesta, o povo fica chocado E a chacina da perifa ainda é deixa de lado O bebe morto no colo da mãe, não é lembrado E cê vem dize que não está nada errado? Porque o errado não se enquadra no seu quadro Social com sua vida banal Só demonstra apoio para as mentiras de jornal Julgados, jogados e ignorados Sendo tratados como animais explorados Esqueça o que disseram, deixe de lado Pois a verdade está guardada em um cofre lacrado É tarde para reclamar, dos Cleck Boom Porque o homicídio aqui, é algo comum Morto pela quebrada moleque foi só mais um Foda é quem sobrevive no século 121 Estamos corrompidos por uma legião De exploradores escondidos em meio a multidão Enquanto nós sonhamos com a nossa evolução Eles projetam a nossa autodestruição E a polícia, que adora mata por qualquer furto Mas quando a droga chega, se faz de cego e surdo E o sistema tem sucesso, projetando um ninguém Pra ser alvo de injustiça e lota a FEBEM E nessas horas não importa se ele tem nome Tá enjaulado e rotulado outro passa fome Mas esse lado da história cê não assistiu Não está na novela o lado feio do Brasil Droga aqui é mato tem até liquidação MD, LSD, crack, pó e televisão Entrega em casa direto já chega na tua mão A juventude ostenta droga e ignora a educação Por falta de argumento, por falta de sustento Uns encontram a razão em disparos contra o vento Outra juventude perdida por um momento Mal chego nos 15 e tem arrependimento Que vem, acompanhado da partida Pela dor de uma bala que se diz perdida Mais um sucesso do projeto "seja um nada" E assim se encerra outro curta feito na quebrada Mas seja um rei no topo ou um ninguém na subida Todos dançam com a morte, assim é a porra da vida Só que hoje já não basta apenas mudar de canal Sociedade se afunda gerando um aborto global Então olha o lado de dentro e seja sua esperança Pois a doença se espalha a partir da ignorância Não esquece que a história é uma herança E a alma não falha quando a guerra é por mudança É tarde para reclamar, dos Cleck Boom Porque o homicídio aqui, é algo comum Morto pela quebrada moleque foi só mais um Foda é quem sobrevive no século 121